Escritório avançado do Departamento Nacional de Produção Mineral – DNPM.

O escritório avançado do Departamento Nacional de Produção Mineral – DNPM - pode ser fechado em Patos de Minas. A proposta faz parte de um plano do Governo Federal para reestruturar o órgão e prevê também o fechamento do escritório existente na cidade de Poços de Caldas. A ameaça de fechamento causa preocupação entre lideranças empresariais da região.

A instalação do DNPM em Patos de Minas era uma reivindicação antiga dos moradores. O órgão é encarregado de gerir e fiscalizar o exercício das atividades de mineração em todo o território nacional, regulando o aproveitamento dos recursos minerais. O escritório de Patos de Minas atende o Alto Paranaíba, o Triângulo Mineiro e o Noroeste de Minas, atingido 88 cidades. Antes, para legalizar uma simples cascalheira, empresários de toda essa região tinham que se dirigir até Belo Horizonte. Por isso a preocupação das lideranças.

Segundo relatório elaborado pelo próprio órgão, em um raio de 200 quilômetros de Patos de Minas estão algumas das maiores jazidas de fosfato do país, a maior mina de ouro no município de Paracatu, as maiores jazidas de diamante, além da produção de nióbio. O fechamento do escritório avançado do DNPM na cidade poderia causar grandes transtornos para toda a região.

O presidente da Fiemg Regional Alto Paranaíba, Lizando de Queiroz Bicalho, demonstrou grande preocupação com o plano de reestruturação do Departamento Nacional de Mineração proposto pelo Governo Federal. Segundo ele, além do escritório de Patos de Minas, a proposta é fechar também o escritório de Poços de Caldas e até a Superintendência em Belo Horizonte, deixando Minas Gerais, o Estado que como o próprio nome diz tem forte apelo pela mineração, a mercê de outras regiões do Estado.

O empresário Arnaldo Queiroz também se manifestou sobre o risco de fechamento do DNPM em Patos de Minas. Segundo ele, as lideranças do município devem se unir e pressionar o governo para que o órgão não seja fechado. A proposta será tratada em reunião nessa terça-feira (22) na sede da Fiemg – federação das Indústrias de Minas Gerais – em Belo Horizonte.