Uma família de Patos de Minas acusa o Hospital Regional Antônio Dias de cometer erro médico durante um parto cesáreo. A mãe deu entrada no hospital por volta de 05h de segunda-feira (03), para realizar o parto cesáreo, que teria sido realizado somente por volta das 20h30. Durante o parto, a recém-nascida teria ingerido uma secreção que teria ocasionado a infecção.
Segundo Beatriz Pereira, mãe da pequena Maria Allyce, durante a gestação, fez acompanhamento de alto risco, devido ter hipotireoidismo. A médica que fez o acompanhamento, deu uma carta orientando realizar o parto cesáreo. A mulher foi até o Hospital Regional no sábado (01), mas foi orientada a volta na segunda-feira, quando completou 40 semanas.
Ela retornou ao hospital na segunda-feira e deu entrada por volta das 05h. A mãe contou que já estava de jejum. Segundo Beatriz, alguns casos de emergência chegaram no hospital e foram atendidos primeiro. A mulher foi encaminhada para o bloco cirúrgico por volta das 20h30 para iniciar o procedimento. Ela ficou mais de 15h sem beber água e sem se alimentar.
Beatriz contou que, após o parto, a filha precisou ser colocada no oxigênio. Na quarta-feira (05), a mãe recebeu a notícia de que havia saído uma vaga em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal, em um hospital de Paracatu. Beatriz disse que recebeu a notícia com espanto, pois não havia sido informada de que a filha precisava de uma UTI.
Por volta de 12h desta quinta-feira (06), uma equipe do SAMU realizou a transferência para o Hospital da Criança de Paracatu. Segundo o SAMU, a pequena Maria Allyce manteve-se estável, ativa e reativa, e com facilidade para respirar. A avó materna acompanhou a criança, devido a mãe estar no período de resguardo. Matheus Henrique, pai da Maria Allyce, afirmou que estava indignado devido ao Hospital Regional não ter leitos suficientes.
Os pais procuraram o Patos Hoje indignados com a situação e em busca de mais explicações sobre o ocorrido. A família agora enfrenta outra dificuldade, os pais afirmaram que não conhecem a cidade de Paracatu. Com a incerteza de quantos dias terão que ficar na cidade, além dos gastos com o transporte, os pais pediram ajuda da população. A chave pix é (34) 99820-9961, em nome de Matheus Henrique Moreira Silva.
O Patos Hoje entrou em contato com a Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (FHEMIG) e a Fundação de Assistência, Estudo e Pesquisa de Uberlândia, administradoras do Hospital Regional Antônio Dias, que se pronunciaram por meio da seguinte nota:
“A Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig) e a Fundação de Assistência, Estudo e Pesquisa de Uberlândia (Faepu) informam que todos os cuidados assistenciais necessários estão sendo prestados ao recém-nascido pela equipe médica e multidisciplinar do Hospital Regional Antônio Dias (HRAD).
O recém-nascido foi cadastrado no sistema de regulação de leitos e sua transferência será realizada hoje (6/3) para UTI Neonatal na cidade de Paracatu, tendo em vista que os 6 leitos de UTI Neonatal do HRAD encontram-se ocupados.
A família foi informada pela equipe médica sobre a gravidade do caso, como também sobre a busca de leito via SUSFácil, e vem sendo mantida atualizada sobre os andamentos do caso.
Quanto a possível infecção, foi coletado material para análise e o resultado deve sair nos próximos dias.
A equipe do hospital está à disposição para prestar outros esclarecimentos à família sobre o atendimento prestado.
Salientamos que o HRAD vai receber 16 novos leitos de cuidados voltados para recém-nascidos, conforme anunciado no fim do ano passado. Mais de R$ 5,2 milhões serão investidos para reforma e adequação dos espaços, com previsão de entrega das obras até o final de 2025”.
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