Pai e filho que estavam foragidos da justiça desde dezembro do ano passado alegaram legítima defesa.

Os acusados de matarem o senhor Pedro Antônio da Silva, 69 anos, se apresentaram na delegacia da Polícia Civil nesta segunda-feira (25). Pai e filho que estavam foragidos da justiça desde dezembro do ano passado alegaram legítima defesa. O homicídio teria acontecido por causa de uma desavença com relação a um terreno.

Natalício Cassimiro de Oliveira, 75 anos, e o filho Vilmar Natalício de Oliveira, 42 anos, estavam com prisão temporária decretada desde 22 de dezembro de 2015. O crime havia acontecido três dias antes, no dia 19 daquele mês, na Mata da Guariroba, região do Distrito de Alagoas. O senhor Pedro foi morto com 4 disparos de arma de fogo.

De acordo com o Delegado Everton Evangelista, os acusados contaram que estavam consertando uma cerca quando Pedro teria chegado ao local com um martelo e um moitão e agredido Vilmar que saiu correndo. Para defender o filho, Natalício acabou disparando com uma bereta 635. A vítima foi atingida no pescoço, tórax, abdômen e coxa.

Pedro morreu no local. Os acusados disseram que a arma se perdeu em meio à vegetação e acabou não sendo localizada. Segundo o delegado, a desavença seria porque Pedro reivindicava a propriedade de um terreno enquanto os acusados achavam que a área seria de responsabilidade da Prefeitura Municipal.

Os acusados foram ouvidos e serão encaminhados para o Presídio Sebastião Satiro. O delegado informou que novas testemunhas serão ouvidas para descobrir se realmente ocorreu a legítima defesa. Ele antecipou que percebeu algumas contradições no depoimento dos acusados. “Um falou que levou ferramentas para o local e outro disse que não”, afirmou.

Autor: Farley Rocha