A Polícia Civil apresentou na manhã desta quarta-feira (13) sete dos 13 envolvidos em uma organização para o tráfico de drogas que tinha conexão em Patos de Minas, Ituiutaba e Uberlândia. Outros cinco envolvidos já estão presos e um está foragido. A operação foi denominada Fim de Jogo por entender que a organização criminosa que estava nascendo foi totalmente desmantelada.
As investigações da Polícia Civil tiveram início após a prisão de Guilhermy Ferreira Leite no dia 15 de março no Terminal Rodoviário de Patos de Minas. O jovem chegava de Uberlândia com um quilo de pasta base de cocaína, que após ser transformado renderia sete quilos de crack. Ao tentar descobrir a origem da droga, a Polícia Civil encontrou uma organização criminosa que começava a nascer.
De acordo com o Delegado Luiz Mauro Sampaio, a compra da droga era intermediada por Lelis de Jesus Silva e Ronyerison Barbosa Soares que estão presos em presídios na cidade de Uberlândia. Por telefone, eles negociavam a droga com Marco Antônio Viana Júnior, conhecido com G5, que está preso na cidade de Ituiutaba. Pessoas como Guilherme eram arregimentadas para fazer o transporte da pasta base.
Quem recebia a droga em Patos de Minas era Marco Antônio Moreira que tratava de fazer a transformação e distribuir para a venda. Além dele, foram presos em Patos de Minas Ronaldo Gomes Soares, que é pai de Ronyerison e Renata Alves Fersosa que é a esposa do autor. Os dois teriam reunido o dinheiro para fazer a compra da droga.
Ronyerison está preso em Uberlândia cumprindo pena pelo assassinato da ex-namorada cometido dentro de uma escola pública de Patos de Minas. Também na cidade de Uberlândia, foram presas Julinahya Santa Silva e Odete Maria de Jesus Silva. Outro envolvido na organização é José Antônio da Silva Júnior, também preso na cidade de Uberlândia.
Nessa terça-feira em Patos de Minas, a Polícia Civil prendeu Geovane Márcio Ferreira, que segundo o delegado Luiz Mauro Sampaio, gerenciava a venda da droga em Patos de Minas. Cerca de R$ 3 mil em dinheiro, uma TV e um mega aparelho de som foram apreendidos, já que, de acordo com os investigadores foram adquiridos com o dinheiro do tráfico. Também foram apreendidos documentos de veículos também negociados com dinheiro do tráfico.
Ao todo são 14 pessoas indiciadas na Operação até agora. A Polícia Civil ainda procura por Wellington Pereira da Silva. De acordo com o delegado Luiz Mauro Sampaio, ele é coordenador de uma clínica de reabilitação de dependentes químicos na região e estava vendendo droga para os pacientes. O policial não divulgou o nome da clínica, esclarecendo que a empresa não tinha conhecimento da atitude ilícita do funcionário.
O delegado explicou que deu nome de “Fim de Jogo” à operação por entender que a organização criminosa que tentava se infiltrar de forma concreta em Patos de Minas foi totalmente desmantelada. Os envolvidos serão indiciados por tráfico de drogas, organização para o tráfico e alguns deles por lavagem de capitais.
Autor: Maurício Rocha
