A Polícia Civil de Patos de Minas apresentou na manhã desta quinta-feira (11) parte dos presos na “Operação Camaleão” desencadeada para investigar fraudes em centenas de contas bancárias de diferentes instituições financeiras. A quadrilha atuava em todo o pais, já havia aplicado golpes de cerca de R$ 2 milhões e se preparava para sacar mais R$ 1 milhão em uma agência no Estado da Bahia. Cinco pessoas, entre elas um policial militar, foram presas e outras três estão foragidas.
A Polícia Civil investigava o tráfico de drogas na região e conseguiu chegar até a quadrilha de estelionatários. Eles tinha acessos a informações privilegiadas, como número da conta, senhas de quatro ou de seis números e saldo de contas bancárias de clientes do Banco do Brasil, HSBC, Bradesco, Itaú e Santander. O restante dos dados da vítima como nome, endereço e filiação eram fornecidos por um policial militar que usava o banco de dados da Secretaria de Estado de Defesa Social para coletar as informações e repassar aos criminosos.
Em apenas um dos computadores apreendidos com a quadrilha, os investigadores da Polícia Civil encontraram centenas de contas do Banco do Brasil. Aquelas com maior movimentação financeira e maior saldo eram destacadas com frases como “top pra saque”. Pouco antes da operação, a quadrilha se preparava para furtar R$ 1 milhão de uma conta bancária de um cliente do Estado da Bahia.
As cidades de Monte Carmelo e Patrocínio eram as bases da quadrilha. Segundo o chefe da Polícia Civil, Elber Barra Cordeiro, depois de descobrir as contas com maior saldo, os estelionatários viajavam o país cometendo as fraudes. Segundo ele, a suspeita é de que a quadrilha tenha movimentado entre R$ 1 milhão e R$ 2 milhões.
A ação da quadrilha teria começado em meados do ano passado. João Marcelino Brasão Júnior, de 31 anos, e Régio Luiz Amaral, de 39 anos, seriam os mentores da organização. Eles, que seriam os responsáveis por conseguir as informações bancárias, também descobriram que estavam sendo procurados pela polícia e conseguiram fugir. Cleber José Leal, de 41 anos, também está foragido.
As mulheres dos envolvidos foram presas. Ana Régia Luiz Amaral, de 31 anos, Eurismar Aparecida de Lima, de 37 anos, Alecandra Luiz Moreira, de 35 anos, e Nayara Rodrigues Eugênio, de 24 anos, foram apresentadas nesta manhã. Segundo o delegado Luiz Mauro Sampaio, elas atuavam nos casos em que as contas pertenciam a mulheres, se passando pelas clientes para sacarem dinheiro.
O policial acusado de participar da organização foi preso pela Polícia Militar e está recolhido na sede do 15º BPM. As oito pessoas que fariam parte da quadrilha serão indiciadas por estelionato, associação criminosa, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e falsificação de documento. Além da retirada de dinheiro das contas bancárias, os criminosos também falsificavam extratos bancários e boletos de pagamento, fazendo com que o dinheiro caísse em suas contas.
O delegado Luiz Mauro Sampaio explicou que as investigações ainda terão continuidade, principalmente para descobrir como a quadrilha conseguia os dados das contas bancárias. Os computadores apreendidos serão encaminhados para o setor de perícias.
Autor: Maurício Rocha
[[ comentario.apelido ]]
[[ comentario.data ]][[ comentario.texto ]]
Comentário removido pelos usuários
[[ resposta.apelido ]]
[[ resposta.data ]][[ resposta.texto ]]