Os moradores das imediações do bairro Jardim Paulistano em Patos de Minas voltaram a cobrar medidas para pôr fim ao sofrimento com a infestação de pernilongos. Eles filmaram as nuvens de muriçocas para mostrar o desespero de todos com o problema.

Nos vídeos encaminhados para o Patos Hoje nesta quinta-feira (17), nuvens de muriçocas são registradas por um morador que relata todo o sofrimento na convivência com os insetos. A quantidade de pernilongos que aparecem nas imagens realmente impressiona.

Moradores dos Bairros Jardim Peluzzo, Cidade Nova, Jardim dos Andradas e Ipanema também já reclamaram do problema e querem providências. Focos do inseto foram identificados nas imediações de uma represa na Minas Mais Alimentos.

A Prefeitura Municipal juntamente com a empresa chegou a aplicar biolarvicida na represa para eliminar os focos, mas a infestação ainda continua. Outros pontos nas imediações podem também estar servindo de criadouros para os pernilongos.

Segundo os moradores, o carro do fumacê também já foi utilizado, mas o resultado não foi o esperado e pediram novas medidas. O Patos Hoje entrou em contato com a Assessoria de Comunicação da Prefeitura Municipal de Patos de Minas e recebeu o seguinte posicionamento:

“Informe – ações quanto à infestação de pernilongos
Diante da infestação por mosquitos do gênero Culex – pernilongos comuns – em diversos bairros do município, a Prefeitura de Patos de Minas/Vigilância em Saúde Ambiental esclarece que:

– esse gênero de mosquitos não transmite dengue, zika e chikungunya. A presença desses insetos causa grande incômodo, tanto pelo zumbido quanto pelas picadas, causando perturbação do sono;
– a proliferação do pernilongo comum ocorre por meio da oviposição da fêmea do mosquito em águas paradas e com presença de matéria orgânica, o que tem sido ocasionado pelo tempo de estiagem. A escassez de chuva favorece a formação de bolsões de água em córregos da região, sendo assim consequência natural das condições climáticas, e não algo sobre o qual a prefeitura tem responsabilidade ou controle;
– foi constatada a presença de larvas em córregos e lagoas naturais/artificiais da região, e eles tornaram-se grandes criadouros de onde proliferam milhares de novos mosquitos diariamente;
– a aplicação de “fumacê” não é a solução, pois só eliminará o mosquito adulto, além de se correr grande risco de afetar outras espécies de insetos e prejudicar o equilíbrio ambiental;
– os inseticidas e larvicidas são fornecidos pelo Governo de Minas Gerais, sendo eles direcionados, única e exclusivamente, ao controle do Aedes aegypti, causador de dengue, zika e chikungunya. Portanto a aplicação do “fumacê” somente ocorre quando há um caso positivo dessas doenças no quarteirão, para realizar o bloqueio de transmissão. Salientamos que são seguidas cautelosamente as orientações das Diretrizes Nacionais do Controle da Dengue;
– outras medidas de manejo ambiental estão sendo executadas em conjunto com a Diretoria de Meio Ambiente, o Codema e a Secretaria Municipal de Obras Públicas, como a drenagem em locais com água parada e acúmulo de matéria orgânica. Dessa forma o poder público tem atuado da forma que lhe é possível, mas o problema será amenizado de forma mais efetiva somente quando retornar o período chuvoso ou ocorrer precipitação mais intensa;
– orienta-se a adoção de práticas comuns de proteção individual para impedir ou reduzir o contato mosquito-homem: telas em portas e janelas, mosquiteiros, vestimentas apropriadas (mangas e calças longas em cores claras), correntes de ar que dificultam o voo dos mosquitos (ventiladores, circuladores de ar) e uso de repelentes.”