A mãe de uma criança de 8 anos em Guimarânia está pedindo justiça. Ela denunciou no dia 15 de março que uma professora de 42 anos da escola municipal onde a filha estuda estaria perseguindo, constrangendo e provocando violência psicológica contra a estudante. O fato eclodiu quando a direção da escola pediu para a criança não ir à aula no dia da comemoração do aniversário do filho da docente, que é colega da criança. Ela pretende responsabilização tanto da professora quanto do município.
De acordo com a Ocorrência Policial, a mãe relatou que a filha vem sofrendo há mais de um ano perseguições por parte da sua ex-professora, que a mesma já praticou em datas anteriores violência física, psicológica, moral e material contra a sua filha. Ela contou que a filha estuda na mesma sala do filho da docente e, no início daquela semana, ao buscar a criança na escola, a diretora lhe pediu para não levar a aluna para a escola porque a professora iria levar um bolo para comemorar o aniversário do filho, colega da estudante. A diretora justificou dizendo que isso seria devido aos problemas que envolvem a professora e a criança.
A princípio, a mãe concordou, mas depois refletiu melhor sentindo que ela e sua filha estavam sendo discriminadas e que a situação não era correta. Ela procurou um advogado e repassou a situação, o qual orientou a solicitante a não concordar com a situação e enviar a filha para aula, no mesmo dia em que iria ocorrer a festa do filho da professora. Desta forma, ela informou a diretora que encaminharia a filha para a escola, pois isso era o correto.
A diretora, no entanto, avisou que poderia levar a filha sem problema para escola, pois não teria mais a festa na escola. No entanto, segundo a mãe, a filha ficou extremamente constrangida, pois todos os colegas levaram presentes para o aniversariante, filho da professora. Foi repassado o recado para os alunos de que a professora havia passado mal e que não poderia comparecer, e que os alunos levassem o presente para suas casas e entregassem em outra oportunidade, tendo em vista que a professora e o filho não compareceram no dia da festa de aniversário em sala de aula.
A mãe disse que, mesmo com a justificativa de última hora, todos na escola e na sala sabiam que o motivo de não ter tido a festa seria o fato de que ela levou a filha para aula no dia do aniversário. Ela mostrou para a guarnição policial áudios em que gravou sua conversa com a diretora da escola, em que a gestora diz que a aluna poderia ir para aula, pois não teria mais a festa do filho da professora. A mãe também relatou ter outras gravações que comprovem o fato de ter sido orientada pela diretora em não levar a filha para aula em razão do aniversário.
A mãe ainda relatou que no ano de 2023, a filha foi aluna da professora em questão, e que os problemas de perseguição são recorrentes e que já acontecem desde o ano passado. Relatou para os policiais que a filha já foi agredida fisicamente pela ex-professora, que a filha já foi exposta ao ridículo na frente da turma, já teve materiais extraviados pela professora, já teve objetos pessoais tomados e jogados fora, e constantes ações de diferenciação e preconceito com relação aos demais alunos. Só depois de muitas reclamações, a escola trocou a professora de sala de aula.
E mesmo depois que a professora foi substituída e deixou de ser professora da criança, as perseguições continuaram, tendo em vista que a professora continuou trabalhando na mesma escola em que a filha estuda. “Ao passar pela aluna, no ambiente escolar, faz caretas, provoca esbarrões e a trata de forma diferente dos demais, ações que demonstram uma perseguição continua e um desequilíbrio por parte da ex-professora”, relatou a mãe aos policiais.
A direção explicou para os policiais que o problema entre as mães existe e que acaba resvalando nas crianças e que vinha tentando lidar da melhor forma possível para preservar as crianças. Com relação à festa de aniversário, ela disse que, devido à divergência, decidiu não autorizar. O prefeito municipal de Guimarânia, Adílio Alex, acompanhou a conversa com a diretora e relatou ter conhecimento da situação que envolve a professora, a mãe e a aluna e, que diante dos novos fatos, irá dentro de suas atribuições tomar as providências cabíveis, ao caso visando em primeiro lugar resguardar a segurança e a integridade da criança.
Ao ser procurada pelos policiais, a professora confirmou que existe uma animosidade com a mãe da criança e que iria procurar a direção da escola para ver a melhor forma de resolver a situação de forma que preservem as crianças desses desentendimentos. Durante as diligências, foi verificado que a professora, em 2019, teria xingado uma mãe na frente dos dois filhos ao chegar na escola por motivação envolvendo relacionamento amorosos anteriores. Por fim, foi informado pela direção da escola que a professora acabou sendo transferida para outra instituição e aberto um procedimento administrativo para apurar o caso.
A mãe cobrou justiça. Ela destacou que não quer que outros filhos passem por essa situação, informando que pretende que a professora seja responsabilizada, juntamente com o município.
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