Diversas testemunhas compareceram à audiência de julgamento do crime que teve uma grande repercussão na cidade.
A audiência de julgamento dos cinco acusados de assaltarem e levarem pânico a clientes e funcionários de um motel em janeiro deste ano movimentou o Fórum de Patos de Minas. Diversas testemunhas compareceram à audiência de julgamento do crime que teve uma grande repercussão na cidade. Mas uma situação chamou a atenção. Das dez vítimas, apenas duas compareceram à audiência.

O crime aconteceu na madrugada do dia 6 de janeiro. Armados com revólver e até com facão, eles invadiram cerca de 10 quartos e suítes do motel e renderam clientes e funcionários. Algumas vítimas, além de terem o dinheiro, joias e celulares roubados, foram agredidas e amarradas. Um deles, Matheus Ribeiro Queiroz Silva, 20 anos, o “xumbrega” foi preso no mesmo dia pela PM e vários objetos, inclusive um revólver carregado, foram apreendidos.

De acordo com o delegado Luís Mauro Sampaio, após a prisão, a Polícia Civil começou as investigações e os outros quatro foram presos. São acusados de participarem do assalto Juliano Carlos Ferreira, 35 anos, Lucas Amaro Pereira, 19 anos, vulgo “Maradona”, Romário Pereira Silva, 19 anos, e Douglas Alves Silva, 21 anos. O delegado ressaltou que os cinco também fazem parte do Comando Vila Operária- CVO- e são acusados do crime de organização criminosa. Eles foram denunciados pelo Ministério Público por roubo triplamente qualificado: restrição da liberdade, emprego de arma e concurso de pessoas.

Diversas testemunhas foram ouvidas nesta primeira audiência que acabou não interrogando os réus. Uma nova audiência foi marcada para o dia 18 deste mês. A divisão da audiência aconteceu porque o réu, Lucas Amaro, foi transferido para Uberaba por causa de indisciplina e não foi possível ser transportado a tempo. Uma das advogadas do caso, Rafaela Araújo Dias, contou que, para seus três clientes, cerca de 20 testemunhas foram arroladas.

Mais isso não foi o que mais chamou a atenção. Das dez vítimas do roubo com três qualificadoras e que pode ter tido a participação de ainda mais autores apenas duas compareceram para prestar seus esclarecimentos e contribuir com a justiça. O fato pode contribuir para a defesa dos réus. Após ouvidas todas as testemunhas, vítimas e réus, o Juiz da Vara Criminal de Patos de Minas, Vinícius de Ávila Leite, proferirá a decisão. Os acusados devem pegar em torno de dez anos de reclusão.

Autor: Farley Rocha