Um dos homicídios de maior repercussão dos últimos tempos em Patos de Minas está próximo de ter todo o caso revelado. A Polícia Civil marcou para esta semana a conclusão do inquérito. O acusado do crime, Hugo Franciel Borges Soares, 26 anos, já confessou a morte, mas alguns pontos ainda precisam ser esclarecidos. Ele já tinha passagem por agressão a mulher.
O crime aconteceu no dia 5 de julho. Após terem terminado o namoro de cerca de 1 ano, o casal teria se encontrado no início da manhã desse dia. Os dois então foram de carro para a casa dele no Bairro Caramuru. Hugo teria feito uso de cocaína e crack durante toda a noite anterior e tudo terminou da pior maneira possível.
Hugo disse que levou Fabiana para uma estradinha próxima à Ponte do Bigode, na região dos 30 Paus, onde teria estrangulado a jovem com as próprias mãos. Após o crime, ele ainda teria escondido o corpo com folhagens. Fabiana também foi amarrada com a própria blusa a um toco e deixada em um bambuzal, onde só foi encontrada por volta das 17h00.
Apesar de a confissão revelar muito sobre o crime, alguns pontos ainda precisam ser esclarecidos. Hugo fala que não houve luta corporal dentro do veículo, porém, os brincos de Fabiana estavam no chão do carro, indicando que pode ter havido uma briga. Outra situação que deve ser esclarecida é se Fabiana realmente havia marcado um encontro com o ex-namorado pelo Whatsapp ou se ela teria sido sequestrada.
Uma situação que também chamou a atenção é que esta não teria sido a primeira agressão do jovem a uma mulher. De acordo com o Delegado Érico Rodovalho, Hugo já possuía passagem policial por agredir uma ex-namorada. E segundo o policial, a agressão teria sido da mesma forma, ou seja, por enforcamento com as mãos.
Hugo está preso no Presídio Sebastião Satiro devido a uma ordem judicial de prisão preventiva. Esta medida é uma prisão cautelar em que não há prazo para liberação, podendo Hugo responder por todo o processo preso. A princípio, ele fora acusado de homicídio duplamente qualificado, pelos motivos torpe e por a vítima ser mulher, o que é chamado de feminicídio.
Autor: Farley Rocha
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