O Tribunal do Júri da Comarca de Patos de Minas se reuniu na tarde desta terça-feira (16) para julgar dois homens denunciados pelo Ministério Público pelo brutal assassinato de uma mulher transexual conhecida como Cacau. O crime aconteceu na madrugada do dia 30 de junho do ano passado e que causou grande comoção na cidade.

Após horas de julgamento, os jurados acolheram a tese do Ministério Público e condenaram os réus. Márcio José Gonçalves, de 27 anos, foi considerado culpado pelos crimes de homicídio qualificado e furto. A pena fixada pela Justiça foi de 30 anos, 6 meses e 17 dias de reclusão.

O outro réu, Deilson do Rosário Mota, também foi condenado. Ele recebeu pena de 16 anos de prisão pelo crime de homicídio e mais 2 anos e 10 dias por furto, totalizando 18 anos e 10 dias de reclusão. Ambos deverão cumprir a pena em regime inicialmente fechado.

De acordo com a denúncia apresentada pelo Ministério Público, o crime foi praticado de forma extremamente violenta. Os acusados teriam agido em conjunto, com divisão de tarefas e o mesmo propósito criminoso. A vítima foi levada até  um estacionamento localizado na esquina da rua Dona Luiza com a avenida Paranaíba, onde foi amarrada, agredida e morta por asfixia, sem qualquer possibilidade de defesa. Após o homicídio, os autores ainda subtraíram pertences da vítima antes de fugir.

Durante o julgamento, o Ministério Público destacou as qualificadoras do crime, como o motivo fútil, o meio cruel e o recurso que dificultou a defesa da vítima. A defesa tentou afastar algumas dessas circunstâncias, mas os jurados entenderam que as provas reunidas ao longo da investigação eram suficientes para a condenação.