Nossa reportagem esteve na residência de uma família, no bairro Céu Azul, no início da tarde desta terça-feira (27), e viu o desespero e a aflição em relação ao estado de saúde de um homem de 56 anos. Segundo os familiares, ele precisa de tratamento e até chegou a ir para a UPA, mas não teria recebido o atendimento adequado e foi mandado para casa. Hoje, ele foi encaminhado novamente para a UPA. A família implora por ajuda.

De acordo com a aposentada Silvânia Ribeiro Pereira, o seu irmão passa por momentos muito difíceis e ele realmente precisa de cuidados especiais. Silvânia contou que Luís de Paula Ribeiro de 56 anos chegou a cair e bater com a cabeça. “Ele perdeu os movimentos do corpo, aí ele caiu, bateu com a cabeça e nós estamos muito preocupados”, disse ela. Só que antes disso, ele já havia passado por outros problemas.

Silvânia contou que seu irmão bateu em seu portão há três dias pedindo por ajuda. “Tinha mais ou menos três anos que eu não via [ele] porque ele vive andando pelo país, ele é andarilho. “Ele pediu ajuda e nós ajudamos [ele], eu e meu marido”, disse ela. Quando ela foi ver como ele estava, se deparou com o irmão já caído ao chão sem os movimentos do corpo. “Eu me desesperei e saí correndo aqui na rua pedindo por socorro”. Ela também conta que ligou no Samu, mas não foi atendida. “Eles disseram que o caso do meu irmão não era caso de Samu”.

Luís foi encaminhado para a Unidade de Pronto Atendimento do bairro Jardim Peluzzo para ser avaliado por um médico. Silvânia disse que o médico pediu vários exames. “O médico pediu oito exames e disse que, mesmo que os exames não apresentassem nada, o que é praticamente impossível pelas condições dele, ele iria ficar na UPA porque está muito fraco”. Quando os exames ficaram prontos, o plantão da unidade já tinha mudado e Silvânia teve mais um problema.

“Quando os exames ficaram prontos eu fui tentar falar com o médico e ele não quis me atender, mandou a enfermeira me entregar os resultados e eu não sei ver resultados, eu não sou médica”, disse ela. Silvânia ainda completou: “Depois me falaram que ele estava de alta e que era para nós levarmos [ele] para o Caps, quando eu perguntei sobre o encaminhamento, eles disseram que não tinha e então eu fiquei lá até conseguir um”. Ela também foi no Caps, mas Luís também não recebeu atendimento.

Hoje, no início da tarde, uma ambulância da UPA foi até a residência para levá-lo de volta para a unidade, só que na chegada a ambulância teve que voltar, pois não havia maca dentro do veículo. A família implora por ajuda para conseguir um tratamento digno a Luís. Segundo ela, os médicos disseram que ele está com problemas em vários órgãos do corpo como rins, pâncreas, pulmão além de estar sem os movimentos.

De acordo com a Prefeitura Municipal, o paciente está internado neste momento recebendo hidratação venosa. Na data de ontem, ele apresentou muita agressividade e precisou ser contido no leito. Ele apresentou melhora e foi liberado pelo médico que sugeriu acompanhamento no Caps. Ainda segundo o município, atendimento no Caps foi recusado porque o paciente apresentava agressividade, já era de madrugada e não havia médico no local. O Caps informa que está à disposição da família para receber o paciente e oferecer o acompanhamento necessário.