Elenildo também aproveitou para fazer um desabafo contra as pessoas que o julgaram.

O lavrador Elenildo Damasceno, de 42 anos, passou a terça-feira (27) dando explicações sobre os 10 dias que passou na prisão. Ele também aproveitou para fazer um desabafo contra as pessoas que o julgaram de forma precipitada. Elenildo foi acusado pela própria companheira de ter abusado sexualmente da filha de apenas três anos.

O caso aconteceu na cidade de Lagoa Formosa. A mãe levou a menina até a Policlínica da cidade e a médica, ao verificar a menina, decidiu acionar a Polícia Militar. O lavrador foi preso em flagrante e conduzido para a Delegacia da Polícia Civil de Patos de Minas. Ele foi autuado e conduzido para o Presídio Sebastião Satiro.

Entretanto, a menina foi levada para o Hospital Regional para que fosse feito um laudo do abuso e o documento emitido pelos médicos que fizeram a segunda avaliação mostrou que não houve qualquer tipo de abuso. O documento permitiu que Elenildo deixasse a prisão na noite de segunda-feira.

O lavrador relatou os momentos de medo e angustia que viveu dentro da prisão. Chamado de monstro Elenildo desabafou. “Eu sou um trabalhador, eu num sou monstro como disseram por aí não”, relatou. Ele disse que jamais teria coragem de abusar de uma criança, principalmente sendo sua filha. Como o caso ainda dependia de comprovação, na época, o Patos Hoje relatou o fato sem revelar a imagem e o nome do autor, preservando também a criança.

Ao deixar a prisão, Elenildo não voltou para a casa da mulher. Ele acusou a ex-companheira de ter mentido sobre o abuso para tirar dele a possibilidade de ficar com a menina.

Autor: Maurício Rocha