Servidores da Companhia Energética de Minas Gerais estão em greve desde a última sexta-feira (05) em todo o Estado. Na regional de Patos de Minas, cerca de 90% dos funcionários do corpo operacional aderiram à paralisação, segundo os funcionários. Eles fizeram uma assembleia na manhã desta terça-feira (09) e decidiram pela manutenção da greve.


O motivo da paralisação dos funcionários da CEMIG não está relacionado diretamente à proposta de reajuste dos salários, apesar de acharem que, com as tarifas entre as mais elevadas do mundo, a Companhia poderia valorizar mais os servidores.


Segundo o comando da greve, a partir de março do ano que vem, a Cemig não terá mais atendentes na unidade de Patos de Minas. Todo o serviço será feito através de central telefônica. De acordo com os servidores em greve, nenhum funcionário foi contratado para recompor as vagas daqueles que se aposentaram nos últimos cinco anos.


Além da contratação de pessoal para recompor o quadro, os servidores também exigem a melhor divisão dos lucros e resultados. A partilha, segundo eles, é feita de acordo com o salário. Com os chefes do alto escalão tem salários muito maiores, eles ficam com a maior parte dos recursos, sendo que todos contribuem pelo bom desempenho da Companhia.


Com os funcionários do corpo operacional em greve muitos serviços prestados pela Cemig não estão sendo realizados, como o corte no fornecimento de energia por exemplo. Os serviços essenciais, no entanto, estão mantidos.