Instalado em um dos pontos mais nobres de Patos de Minas, o antigo Palácio dos Cristais está sendo tomado pelo mato e pela água parada, servindo de criadouros para o mosquito Aedes Aegypti. O imóvel foi destinado para ser a nova sede da Câmara Municipal, mas está fechado há quase um ano. Enquanto isso, o Legislativo segue pagando quase R$ 50 mil por mês de aluguel.

O Palácio dos Cristais foi construído para ser a sede da Prefeitura de Patos de Minas. Depois de ser incendiado de forma criminosa, o prédio foi reformado com recursos da educação e acabou sendo cedido para abrigar a UFU na cidade. No início do ano passado, a universidade decidiu concentrar suas atividades e devolveu o imóvel para o município.

Sem sede e pagando aluguel, a Câmara Municipal solicitou o prédio para abrigar sua sede e informou que fará uma reforma e ampliação no imóvel para abrigar o plenário, os gabinetes dos 17 vereadores e o setor administrativo. Mas depois de quase um ano, nem sinal de obras no local, que está sendo tomado pelo mato.

Enquanto o Programa Municipal de Combate à Dengue trabalha para convencer os patenses a cuidarem de seus imóveis, evitando água parada, o Palácio dos Cristais, bem no centro da cidade, virou um grande criadouro para o Aedes Aegypti. A água acumula em diferentes pontos e está tomada de larvas e pupa do mosquito.

A redação do Patos Hoje fez contato com a assessoria de comunicação da Câmara e a informação é de que o projeto para reforma do prédio está aguardando aprovação da Secretaria Municipal de Planejamento.

O Patos Hoje também fez contato com a assessoria de comunicação da Prefeitura e recebeu a seguinte resposta:

“Sobre a reforma do Palácio dos Cristais, a prefeitura esclarece que a obra segue os trâmites legais necessários. A Seplan já finalizou o projeto arquitetônico e atualmente está elaborando o novo projeto elétrico do prédio.

Após finalizados, os dois projetos são submetidos à empresa responsável pela reforma, que fornecerá as planilhas orçamentárias da obra. Essas, por sua vez, precisam ser aprovadas pelo Executivo e pelo Legislativo locais para, assim, iniciar o serviço”.