O Número de pessoas fora de suas casas em razão das chuvas já passa de 160. Essas famílias estão sendo acolhidas em abrigos provisórios. Na tarde desta sexta-feira (13), nossa reportagem foi até a um dos abrigos e conversou com a secretária de desenvolvimento social e também com algumas pessoas que estão longe de suas casas.

De acordo com a secretária de desenvolvimento social, Jorgiane Suelen, foram improvisados dois abrigos sendo um na Escola Estadual Santa Terezinha e outro na Escola Estadual Ilídio Caixeta. Até o momento são 62 famílias fora de casa sendo 52 desalojadas e 10 desabrigadas. Jorgiane explicou que cada família ocupa uma sala da escola e estão recebendo toda atenção necessária, inclusive com café da manhã, almoço, café da tarde e janta.


A dona de casa Darci Nunes, mesmo com todos os problemas, nunca tira o sorriso do rosto. Ela organizou a sala de aula com seus pertences com muito cuidado, como se realmente estivesse em casa. Esbanjando simpatia e vitalidade, ela disse que já passou por essa situação antes, inclusive na enchente do ano passado. Perguntei se ela gostaria de morar em um lugar onde as águas não a incomodasse mais. “Minha vida é lá, minha casinha tá lá, mas eu não aguento passar por essa situação todo ano, se for para eu ter uma vida mais digna eu aceitaria sim” disse ela.


Quem também está no abrigo improvisado é o seu João de Assis e a mãe dele, a dona Joana que tem 81 anos. Ele disse que da última vez a casa foi atingida, mas esse ano eles conseguiram sair antes da água chegar. Segundo o aposentado, a mãe que mora na Rua Carmo do Paranaíba já passou por várias enchentes no local. Ele relatou que a prefeitura está dando todo o apoio, mas disse também que nada é melhor que o cantinho e a casa da gente.


As famílias estão em escolas e falta menos de um mês para o retorno das aulas. Questionada, a secretária disse que a expectativa é de que as famílias voltem para suas casas antes do início letivo, mas se não for possível, elas serão redirecionadas para outro lugar.