Familiares de uma paciente de 65 anos viveram um drama nesse final de semana em Patos de Minas. A dona de casa foi diagnosticada com um grave problema cardíaco e precisava ser levada com urgência para uma Unidade de Terapia Intensiva – UTI, mas não havia vagas na cidade. Sem saber a quem recorrer, os familiares acionaram a imprensa e até a Polícia Militar.

Maria Irene Pereira Silva foi internada às pressas na noite de sexta-feira (11) na UPA do bairro Jardim Peluzzo. Com problemas cardíacos, ela teve complicações e foi induzida ao coma, passando a respirar com a ajuda de aparelhos. O laudo médico indica que a paciente corre risco de perder a vida e precisa ser internada com urgência em uma UTI.

Sem dinheiro para custear o tratamento, os familiares tiveram que recorrer ao SUS, mas a busca por um leito de UTI em Patos de Minas se transformou em martírio para os familiares e amigos. A informação era de que não havia vaga em nenhum hospital da cidade.  Preocupados com o risco de Maria Irene ir a óbito, os familiares decidiram registrar um boletim de ocorrência e tornaram o caso público.

No domingo pela manhã, a dona Maria Irene conseguiu uma vaga na UTI do Hospital Regional, mas o caso não é único. De acordo com a Superintendência Regional de Saúde, na manhã desta segunda-feira (13), nove pacientes estavam na fila por uma vaga de UTI em Patos de Minas. E olha que a cidade é privilegiada nessa área.

Segundo o órgão, Patos de Minas possui 94 leitos de UTI, sendo nove leitos de UTI Adulto, seis neonatal e três intermediária no Hospital Regional, oito vagas de UTI neonatal, duas pediátricas e seis adultos no Hospital Vera Cruz e 40 vagas de UTI adulto, 19 infantil e uma pediátrica no Hospital São Lucas.

O superintendente de Saúde, Lindomar Babilônia, explicou que as vagas são ocupadas através de uma central de regulação e servem ao estado inteiro. Ele explicou, no entanto, que quem administra as vagas de UTI é a Prefeitura de Patos de Minas através da Secretaria Municipal de Saúde.

Autor: Maurício Rocha