Em coletiva de imprensa na tarde desta segunda-feira (08), o prefeito Luís Eduardo Falcão e a deputada Ludmila Falcão fizeram duras críticas a atuação da Copasa em Patos de Minas. Acompanhados de secretários, eles também anunciaram medidas para punir a companhia pela falta de água e explicaram as medidas que estão sendo adotadas pelo município para substituir os serviços de água e esgoto no município.

O chefe do executivo ressaltou o desabastecimento que afetou a cidade inteira, que deixou escolas e creches sem funcionar, e que em alguns bairros só foi resolvido após três dias. Segundo Falcão a resposta da companhia, tanto com informações quanto com ações, ficou muito a quem do esperado.


A deputada Ludmila Falcão também criticou a ineficiência da Copasa. Segundo ela a companhia não consegue sequer gerir os locais de desabastecimento. Ludmila disse que percorreu bairros e casas que estavam sem água e recebeu centenas de queixas, enquanto a Copasa afirmava que havia recebido apenas 35 chamados pelo número 115.


Ao lado do coordenador do Procon, Rafael Godinho, o prefeito anunciou a abertura do processo administrativo que pode terminar em mais uma multa severa para Copasa. Godinho lembrou que a companhia já foi multada outras duas vezes em cerca de dois milhões de reais.


Falcão disse durante a coletiva que não há muito o que fazer contra a companhia. Segundo ele o contrato assinado em 2008 não prevê nenhum tipo de punição para a empresa. Ele lembrou da ação civil pública que foi protocolada contra Copasa e que foi considerada improcedente.

Por outro lado, Falcão afirmou que medidas estão sendo tomadas para substituir a companhia. Segundo ele, o município vai encampar os serviços de água e esgoto e abrir uma licitação para contratar uma nova empresa. O modelo da licitação já foi definido, mas o processo ainda terá que ser submetido a Câmara Municipal e à população em audiências públicas.