A CPI instaurada pela Câmara Municipal de Patos de Minas para investigar o contrato e os serviços prestados pela COPASA em Patos de Minas recebe, nesta quarta-feira (21), o ex-prefeito Pedro Lucas Rodrigues. Na reunião, ele alegou não se lembrar de nenhuma irregularidade no contrato com a Copasa durante seu mandato na Prefeitura, que foi de 2012 a 2016. Ele é também um dos proponentes da Ação Popular movida contra a companhia de saneamento.

A oitiva do ex-prefeito e ex-vereador Pedro Lucas iniciou-se com 30 minutos de atraso. Questionado se faltou vontade política dos ex-prefeitos em romper o contrato com a Copasa, Pedro Lucas disse que só rescindiria o contrato se houvessem respaldos legais como, acordo entre as partes, ou por decisão do judiciário. O relator da CPI, Vereador José Eustáquio, questionou se não foi criada uma comissão para investigar a Copasa e Pedro Lucas respondeu que não se recorda e, embora fosse de sua preocupação, o que restava era confiar no poder judiciário.

Pedro Lucas ainda afirmou que não se lembra de nenhuma irregularidade da companhia durante sua gestão e disse também que não houve nenhuma aplicação de multa. Ele também disse que não se lembra de valores e nem quais foram, mas afirmou que a companhia realizou vários investimentos na cidade durante o período de sua gestão. Pedro Lucas afirmou que a companhia não é prejudicial para o município e relatou que, em sua gestão, a cidade teria plenas condições de dar continuidade ao tratamento de esgoto e ainda poderia ampliar o serviço em razão de um recurso já disponibilizado pela Caixa Econômica Federal.

Após essa resposta, ele foi confrontado a respeito do motivo pelo qual não realizou a quebra do contrato e assumiu o serviço. O ex-prefeito afirmou que o processo estava na Justiça e que, "enquanto a Justiça não decidisse, não tomaria uma atitude". Vereador de 2009 a 2012, Pedro Lucas foi questionado se houve uma fiscalização mais efetiva na época. Ele respondeu rapidamente que não se lembrava.

O vereador Mauri da JL perguntou ainda se Pedro Lucas orientaria o prefeito atual para que tivesse um pulso mais firme com a Copasa, ou se deixaria a situação como está. O depoente indicou que começaria o processo de criação de uma DMAE e que aguardaria a decisão judicial determinando o rompimento com a companhia.