A mãe de um bebê de apenas sete meses está desesperada atrás de uma vaga no Hospital Regional. Com o filho internado na Unidade de Pronto Atendimento do bairro Jardim Peluzzo há 12 dias, ela procurou a reportagem do Patos Hoje para pedir por socorro. Segundo ela, a criança está com uma infecção grave na região do ouvido e teve o pedido de transferência negado três vezes.

De acordo com a mãe do pequeno João Miguel de apenas sete meses, ele começou a sentir fortes dores há alguns dias. Preocupada, Dagma Cristina decidiu leva-lo até a UPA. Ela conta que no início pensou se tratar de uma cólica. “Os médicos também suspeitaram que era cólica, mas as dores não passavam com os remédios e ele não melhorava”. Posteriormente, a criança foi diagnosticada com otite que é uma inflamação no ouvido.

A mãe conta ainda que a inflamação avançou mais ainda e afetou a região óssea do rosto da criança. “Ele ainda estava com bastante dificuldade de fazer xixi e os médicos deram outro diagnóstico, dessa vez foi Pielonefrite que se trata de uma inflamação renal provocada pela ação de bactérias nos rins”. Desesperada com a situação, Dagma conta que foram vários pedidos de transferência para o Hospital Regional, mas todos estão sendo negados.

A mãe que mora no distrito de Pindaíbas, teme que o filho morra caso continue internado na UPA. “Os médicos mesmo aqui falaram que ele precisa de um local com estrutura melhor, que aqui na UPA não é o adequado. Eu estou vendo meu filho perder peso, emagrecer, ficar pálido e nenhuma providência é tomada. Eu tenho medo que ele morra internado aqui dentro”, disse a mãe.

Nós entramos em contato com a Prefeitura Municipal que nos encaminhou a seguinte nota: “A alta complexidade não é regulada pela prefeitura, e sim pela Superintendência Regional de Saúde. A responsabilidade da UPA é cadastrar no sistema e solicitar as vagas, o que é feito. Ela está recebendo a assistência necessária e possível dentro da UPA até que a vaga seja liberada”.

Nós também pedimos uma resposta para a Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais e recebeu o seguinte posicionamento: "A Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig), enquanto prestadora de serviços no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), informa que há um fluxo regulatório para a entrada de pacientes nas unidades hospitalares. Esse fluxo é gerido pela central de regulação municipal, de responsabilidade do gestor."