Um morador na zona rural de Patos de Minas tomou uma medida de puro protesto na tarde deste domingo (05). Após ter o muro derrubado por falta de rede pluvial já solicitada na Prefeitura, o morador levou o entulho e depositou bem na porta principal da Prefeitura Municipal. Eles querem uma providência o mais rápido para esta situação.
Alencar Francisco mora com a esposa e três filhos no Distrito de Areado. Ele contou que comprou o imóvel e solicitou junto à Prefeitura que fizesse a rede local porque a água da rua estava sendo lançada para dentro de seu terreno. Neste domingo (05), com a chuva que caiu na região, a enxurrada da praça foi depositada no muro o que acabou derrubando o muro.
Alencar informou que já havia feito o pedido na Prefeitura, inclusive alertando para o problema que poderia ocorrer. Indignado com a situação, ele tomou uma atitude nada comum. Ele colocou os tijolos, blocos de concreto e o que sobrou do muro dentro do porta mala do carro e dirigiu até Patos de Minas, cerca de 35 quilômetros, e deixou todo o material na entrada principal da Prefeitura.
Alencar e a esposa informaram que tiveram um prejuízo de cerca de R$5 mil e agora não sabem o que fazer. Porque precisam de que a Prefeitura arrume a rede no local para refazer o muro. Eles moram na Rua Zeca Mota, próximo à Igreja do Areado, na entrada do distrito. Eles querem uma providência para a rede. O morador disse que havia alertado sobre o problema e que iria fazer o manifesto.
Os moradores ainda destacaram que não estavam em casa no momento e que os entulhos poderiam ter caído sobre os 3 filhos que geralmente ficam brincando no terreiro. As criações também poderiam ter se ferido com a queda. O guarda municipal acionou a Polícia Militar que registrou a ocorrência. O entulho, em seguida, foi colocado na lateral do prédio para desimpedir a entrada.
O Patos Hoje entrou em contato com a Prefeitura Municipal e recebeu o seguinte posicionamento: " o problema é antigo e envolve a execução de nova rede para captar a água da chuva. O canal atualmente existente no local é insuficiente, sendo esse o motivo dos danos. Assim que a atual gestão tomou conhecimento, começou a buscar formas de resolver a situação; já foi verificada a necessidade de construir uma rede de drenagem de aproximadamente 100 metros de comprimento. Porém é preciso realizar estudo de vazão, para identificar o diâmetro adequado ao volume de água a ser lançado no canal; antes de a obra ser executada, é preciso considerar dois pontos críticos: a questão ambiental e a dos terrenos particulares. Isso porque o traçado da rede até o ponto final de lançamento (localizado acima da LMG 743 - rede que atravessa a pista) possui nascentes de água a serem avaliadas pelos órgãos ambientais competentes. Devido à extensão, o traçado compromete terrenos particulares, e, portanto, deve-se avaliar a servidão de passagem do canal de drenagem por meio de projetos técnicos; a administração está neste momento aguardando a realização desses estudos, para então verificar se é possível executar a obra."
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