O caso aconteceu na madrugada de sábado (06) em Patrocínio. O motorista teria batido em um automóvel parado e fugido do local. Em seguida, ele acionou a Policia Militar relatando que havia sido assaltado. No entanto, os policiais verificaram que não havia ocorrido o roubo e que ele teria incendiado o próprio veículo após causar o acidente.

De acordo com a Agência Local de Comunicação Organizacional 46ºBPM, por volta das 04h, a Polícia Militar foi acionada pata comparecer no bairro Cidade Jardim, onde um veículo, após colidir na lateral traseira de um VW/Tiguan que estava estacionado em via pública, evadiu tomando rumo ignorado. No local, foi possível perceber se tratar de um veículo VW Prata através de pedaços do para-choque possivelmente de camionete.

Em seguida, suposta vítima relatou que foi rendida por dois homens armados e abandonada próximo a Cooxupé, na "estrada tucaninho". Foi realizado contato com o homem de 39 anos, que apresentava sinais visíveis de embriaguez, portando em sua carteira certa quantia em dinheiro e o seu celular, detalhes que chamaram a atenção das equipes.

Em nova versão, ele relatou que os bandidos passaram em sua empresa e o obrigaram a descer para roubarem outra camionete, desistindo da ação. Ainda, querendo convencer os militares do roubo, disponibilizou as imagens da empresa, sendo possível verificar que o mesmo estava sozinho no interior da camionete, pega alguns objetos na empresa, olha o dano causado pelo acidente no lado dianteiro direito e sai tranquilamente na sequência.

Em seguida a Polícia Militar tomou conhecimento sobre um veículo em chamas às margens da BR 365 . A guarnição policial foi para o local, confirmando ser a camionete dele. Tendo em vista os relatos contraditórios e as imagens apresentadas por este, os policiais verificaram que ele mesmo incendiou o próprio veículo após evadir do local do acidente e ainda comunicou a Polícia Militar sobre um roubo, que na verdade não ocorreu.

Como o autor apresentava sinais notórios de embriaguez como hálito etílico, andar cambaleante, fala desconexa, e afirmou ter ingerido bebida alcoólica, foi convidado a realizar o teste do etilômetro, porém recusou-se. Ele foi apresentado à delegacia para demais providências, e a caminhonete incendiada foi removida pelo guincho credenciado.

A Polícia Militar alerta sobre as consequências de realizar uma comunicação falsa de crime. Além do desperdício de recurso público, a mentira ainda pode onerar as equipes que promovem a prevenção criminal. A pena para esse crime é de detenção de um a seis meses ou multa.