Os quatro jovens amigos que morreram no interior de uma BMW na cidade de Camboriú-SC foram velados na nessa quarta-feira (03) em um ginásio cedido pela prefeitura de Paracatu. Dois deles foram enterrados na cidade nesta manhã e outros dois foram sepultados na cidade de Lagoa Formosa. As cerimônias de despedidas foram marcadas por dor e muita emoção.
A repórter Ana Paula Lemos, da TV Paranaíba, acompanhou a cerimônia e conversou com parentes e amigos dos quatro jovens. Ela conta que o velório começou por volta de 20h30, com mais de seis horas de atraso. As quatro famílias se despediram dos jovens juntas. Um momento de extrema angústia e tristeza.
O corpo de bombeiros precisou prestar atendimento a alguns familiares que chegaram a passar mal. Muitas homenagens foram prestadas. Pessoas próximas a Nicolas Oliveira que tinha apenas 16 anos, vestiram uma camisa com foto do garoto.
Os sepultamentos aconteceram nesta manhã. Gustavo Pereira Silveira Elias, de 24, e Nicolas Kovaleski Oliveira, de 16 anos, foram sepultados na cidade de Paracatu e o casal Tiago de Lima Ribeiro, de 21 anos, Karla Aparecida dos Santos, de 19 anos, foram sepultados na cidade de Lagoa Formosa.
Mortes continuam sendo investigadas
A principal linha de investigação que a polícia segue é que os jovens tenham morrido intoxicados.
Nicolas, Karla, Gustavo e Tiago foram buscar a namorada de Gustavo na rodoviária de Balneário Camboriú. Quando a moça chegou eles se queixaram de náuseas, dores de cabeça e disseram que iriam permanecer no local até que melhorassem. A garota vai então tomar um lanche. Uma câmera do terminal rodoviário flagra o momento em que Gustavo, o motorista, desce do veículo. Com dificuldades de caminhar, ele se apoia em uma pilastra.
Pouco tempo depois, a namorada dele volta e já encontra os ocupantes da BMW sem vida. A perícia encontrou uma perfuração no cano de descarga que estaria jogando monóxido de carbono para o interior do veículo. Fazia 30 graus e os amigos teriam permanecido muito tempo dentro do carro fechado e com o ar condicionado ligado.
Em nota o Grupo BMW lamentou o incidente e disse que não tem registro de casos similares no Brasil envolvendo carros do mesmo modelo originais de fábrica. A polícia científica tem dez dias para emitir o laudo. Até lá ficam vários questionamentos e para sempre ficará a saudade.
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