Cada paciente infectado pela Covid-19 significa um custo a mais para o poder público. A Prefeitura de Patos de Minas gasta R$ 1.762,84 por pessoa diagnosticada com o vírus, e olha que esse valor já diminui. No ano passado, quando a estrutura de atendimento estava sendo montada, o custo por paciente foi de R$ 5.737,74. E falta dinheiro. Enquanto a Administração Municipal arrecadou R$ 5.719.194,67, as despesas com a Covid-19 chegaram a R$12.542.606,74.

A prestação de contas dos gastos da Prefeitura de Minas com Covid-19 foi apresentada em audiência remota com os vereadores da Câmara Municipal de Patos de Minas na tarde dessa quarta-feira (19). A apresentação é uma exigência do art. 6º, da Lei Complementar no 625, de 28 de abril de 2020, que estabelece a obrigatoriedade de o Executivo Municipal prestar contas mensalmente à Câmara Municipal durante a vigência do estado de calamidade pública no enfrentamento ao coronavírus.

O relatório de gastos da Covid-19 foi apresentado aos vereadores pelo diretor de Orçamento e Finanças da Prefeitura, André Lúcio da Cruz Felipe, e pela diretora hospitalar Geral do Hospital de Campanha, Odilene Gonçalves, com informações complementares da secretária municipal de Saúde, Ana Carolina Magalhães Caixeta. Segundo o relatório apresentado pelos servidores, o município recebeu R$80.295,85 em janeiro; R$216.239,23 em fevereiro; R$3.592.748,58 em março e R$1.829.911,01 em abril, totalizando R$5.719.194,67.

Já as despesas do período de janeiro a abril de 2021 para o enfrentamento da Covid-19 somam um montante de R$12.542.606,74, sendo R$2.636.579,55 em janeiro; R$3.186.355,73 em fevereiro; R$3.483.665,34 em março e R$3.236.006,12 em abril. A natureza das despesas inclui contratações, vencimentos, contribuições ao Iprem, material de consumo, material de bem ou consumo, outras despesas de pessoal, outros serviços de pessoa física e jurídica, serviços de tecnologia de informação e comunicação, equipamentos e material permanente, entre outras, de acordo com o diretor de Orçamento e Finanças da prefeitura.

A secretária municipal de saúde, Ana Carolina Magalhães, informou que a verba referente a custeio de leitos do estado não é suficiente. Ela explicou que o complemento é feito com recursos da Prefeitura.