O garoto foi abordado na esquina da Rua Joaquim das Chagas com a Rua Olegário Maciel.

Qual será o futuro de nossa sociedade? Essa é pergunta que vem à cabeça das pessoas quando se deparam com uma ocorrência como essa. Na tarde dessa sexta-feira (04), um bando de crianças armadas com canivetes e facas saiu pelas ruas do centro de Patos de Minas roubando celulares e dinheiro de estudantes. Duas crianças de 9 e 11 anos foram apreendidas.

Os dois garotos foram abordados na esquina da Rua Joaquim das Chagas com a Rua Olegário Maciel. Eles estavam em uma bicicleta quando foram capturados pelos policiais. Com os infratores, foram apreendidos dois celulares e uma cédula de R$20,00 que pertenciam às vítimas. Os menores também estavam com a arma do crime, um pequeno canivete.

De acordo com o Sargento Cardoso, apenas os dois foram abordados, mas as vítimas relataram que cerca de seis ou sete garotos, todos da mesma faixa etária, participaram do arrastão. O policial informou que os dois meninos confessaram os crimes. Eles relataram que procuravam as vítimas, principalmente estudantes do sexo feminino, e armados com faca e canivete tomavam os celulares e dinheiro. Após os crimes, eles fugiam de bicicleta.

O fato inédito na cidade, principalmente pela pouca idade dos envolvidos, preocupa e serve de alerta. O menino de 11 anos ainda confirmou que estava matando aula. Ao invés de estudar para garantir um futuro melhor, estava praticando arrastão. A mãe dele, para surpresa de todos, ainda tentou protegê-lo, quando deveria educá-lo. “Não vai falar nada viu”, aconselhou o filho.

E o caso merece ainda mais atenção por causa da desestrutura da família. O outro filho dela de 14 anos tinha audiência no Ministério Público nessa sexta e ela teve que escolher qual filho iria acudir. Os policiais também se mostraram preocupados com a situação dos menores. Em vários outros casos, adolescentes estão envolvidos. O mais grave deles seria o do latrocínio de Márcio Antônio Amâncio, 50 anos. A suspeita é de o atirador também ser um menor.

O padrasto de uma das vítimas também foi até o local e reconheceu o celular da enteada. Ele falou com receio da situação dos menores na cidade. Os policiais explicaram que os dois meninos, por serem ainda crianças, não devem nem ser levados para a delegacia. Os responsáveis e o Conselho Tutelar foram acionados para serem liberados.

Autor: Farley Rocha