A Polícia Militar foi acionada na manhã desta terça-feira (22) para comparecer à Unidade de Pronto Atendimento – UPA – onde havia dado entrada uma criança de um ano e sete meses com diversos hematomas e ferimentos pelo corpo. A própria mãe levou a criança para receber atendimento médico, mas diante da versão incompatível apresentada por ela para tantos ferimentos, os médicos decidiram acionar a polícia.

Ao chegarem à UPA, os policiais militares fizeram contato com a médica que mostrou a criança e as lesões. Ela apresentava hematomas na face, peito, pernas e braços. Questionada sobre a origem das lesões, a mãe disse que há aproximadamente quatro dias a criança teria caído da escada. Ela ressaltou que o namorado de nome kristiano teria tentado segurar, que tentou segurar pela fralda, mas a fralda teria se soltado e a criança caiu.

Perguntada se levou a criança ao hospital no dia dos fatos, a mãe respondeu que não. A mulher informou que está na cidade há aproximadamente 2 meses e que reside com o namorado kristiano há cerca de 7 dias. Ele não foi localizado pela Polícia Militar.

Os policiais voltaram a questionar a mãe, relatando a grande quantidade de lesões na face, peito, braços e pernas e demonstrado que as lesões eram incompatíveis com a versão apresentada, a mãe afirmou que no mesmo dia a criança teria caído da cama. Ela contou, no entanto, que o namorado às vezes fica sozinho com a criança. Indagada se ele poderia ter agredido a criança, ela disse que sim, mas que nunca viu.

A mãe também foi questionada sobre a demorada em levar a criança ao pronto socorro e contou que só levou porque uma amiga do namorado esteve na casa e ameaçou chamar a polícia caso ela não levasse a criança para receber atendimento médico.

Os policiais também foram até a casa da mulher. Lá encontraram uma colega de residência dela, que informou ser responsável por uma casa de encontros. Ela relatou que a mãe da criança já trabalhou pra ela, mas que teria decidido sair da casa para morar com o namorado. A mulher informou que não sabe como o casal tem tratado da criança.

Diante dos maus tratos e da omissão, a mãe da criança foi conduzida para a Delegacia de Plantão da Polícia Civil. Como permanecia digitando ao telefone, com indícios de que estivesse alertando o namorado, ela teve o aparelho apreendido. Dado ao estado de saúde, a criança foi transferida para o Hospital Regional, onde permaneceu aos cuidados médicos e sob a responsabilidade da babá. O Conselho Tutelar foi acionado e acompanha o caso para garantir os direitos da criança.