Um consultor de vendas que se mudou para Patos de Minas recentemente ficou indignado com o tratamento que recebeu de uma loja de produtos alimentícios da cidade. Ele comprou um queijo brie por R$73,00, mas o produto não estaria em condições para consumo. Ele tentou trocar o produto, mas acabou recebendo uma resposta nada favorável.

O consumidor, que veio de Brasília para terminar os estudos e trabalhar, entrou em contato com o Patos Hoje na tarde desta quinta-feira (15). Preferindo não se identificar na reportagem, ele relatou que, na segunda-feira (12), esteve com a irmã na loja de produtos naturais situada na Rua Major Jerônimo, onde compraram o queijo brie, pelo preço de R$73,00.

Segundo ele, no outro dia, quando foram utilizar, notaram que o queijo estava com aspecto diferente e cheiro muito forte. “Nós temos costume de consumir este queijo”, argumentou. Decidiram então não consumir e foram até a loja nessa quarta-feira (14). Atendidos pelo proprietário, receberam uma resposta nada favorável. “Ele disse que estava em perfeitas condições e ainda com ar sarcástico disse que estava muito bom e que não iria fazer a troca”, contou.

Conforme o relato do consumidor, o comerciante disse que, caso quisessem, era para procurar o fabricante, porque a loja não iria realizar a troca. Após isso, ele entrou em contato com o fabricante e relatou que o produto estava dentro do prazo de validade, recebendo a resposta de que isso não era normal.

O consumidor que também é estudante de medicina veterinária relatou que já acionou a Vigilância Sanitária e o Procon. “Estou morando em Patos de Minas há um mês e 15 dias e estou de ‘cara’ com a forma que as pessoas tratam cliente aqui”, disse com espanto. Segundo ele, a irmã que é advogada e veio lhe visitar também ficou assustada com a forma de tratamento.

O Patos Hoje entrou em contato com a Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Patos de Minas e recebeu a seguinte orientação do Procon:

"Quanto à relação de consumo relatada, o Procon de Patos de Minas esclarece que, ao adquirir um produto e constatar que ele esteja impróprio para consumo, o cliente  (de preferência com a nota fiscal em mãos) deve solicitar a substituição ou a restituição do valor pago. Caso haja recusa da empresa, ele deve procurar o Órgão de Defesa do Consumidor.

Além disso, se o consumidor identificar sabores e objetos estranhos que tornem bebidas e alimentos impróprios para consumo, deve denunciar o caso imediatamente aos órgãos de vigilância sanitária e de defesa do consumidor. Por tratar-se de situação que representa risco à saúde, também aconselha-se registrar boletim de ocorrência na Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor (Decon) ou em qualquer outra delegacia."

Reportagem atualizada às 17h03 desta quinta-feira (15) para incluir a orientação do Procon