Em apenas um mês, a Polícia Civil de Patos de Minas registrou cinco casos de estupros. O número preocupa as autoridades que procuram alertar os pais e responsáveis para oferecerem maior proteção principalmente para crianças e adolescentes, que são as principais vítimas. Todos os casos registrados este ano estão sendo investigados.
Uma garota que sai de casa para ir até a padaria e sofre abuso de um comerciante, uma menina de sete anos assediada por um senhor de 66 anos, um garoto de 10 anos violentado por um amigo da família. Esses foram alguns dos casos registrados pela Polícia Civil nos últimos 30 dias em Patos de Minas.
A delegada de mulheres, Tatiana Carvalho é responsável pelas investigações dos casos de estupro na cidade. Ela reconhece que os números são elevados, principalmente porque a maioria dos casos acaba ficando no anonimato. Muitas crianças tem medo de contar o que aconteceu por medo das consequências ou por terem sido ameaçadas pelo agressor.
A orientação é para que os pais estejam sempre atentos ao comportamento do filho, desconfiando de alterações como desejo de se manter isolado, agressividade ou medo desproporcional de certas situações. E para prevenir os abusos sexuais, os pais também devem adotar algumas medidas.
A família e a escola são fundamentais para evitar os abusos sexuais. Ensinar a criança a gostar de seu corpo e aprender a respeitá-lo é um dos fatores. Explique à criança que o corpo dela precisa ser cuidado por ela e que ela deve ser cuidadosa e desconfiar se alguém tentar tocá-lo, inclusive as partes íntimas; ou ainda pedir para fazer coisas no seu corpo ou no de outra pessoa, que não seja brincar junto com todo mundo.
É preciso orientar a criança que se afaste dessa pessoa e procure a mãe, irmã mais velha, uma avó ou a professora e conte o que aconteceu. Orientar as crianças para não terem vergonha e se preciso até gritar ou correr em situações em que sintam-se ameaçadas.
A delegada Tatiana Carvalho orienta os pais a procurarem conhecer os amiguinhos dos filhos e os familiares deles e a sempre desconfiar das pessoas.
Autor: Maurício Rocha
