A redação do Patos Hoje recebeu diversas ligações informando sobre a presença de uma pessoa que está vivendo ao relento às margens da avenida Marabá. Uma equipe de reportagem foi até o local e encontrou um homem com diversos ferimentos nas pernas, mas que se recusa a receber qualquer tipo de ajuda.

A aproximação não foi das mais fáceis. O ciclista demonstrou bastante conhecimento, mas se identificou apenas como Luiza e se recusou a falar do passado, a não ser de uma perseguição que sofreu de um homem no Estado de São Paulo que quase tirou a sua vida. Esta história Luiza fez questão de contar e de cobrar por Justiça.

Embora tenha o corpo masculino, Luiza disse que jamais se sentiu como homem. As roupas e os calçados (quando usa) são femininos.  Sobre os ferimentos nas pernas, Luiza disse que são reações do próprio corpo e parece não fazer muita questão de receber atendimento médico.

Questionado se estava precisando de alguma coisa, Luiza disse que o fumo estava no fim e que receberia de bom grado uma garrafa de cachaça, que é para aliviar as dores que sente. Sobre viver ao relento, ele disse não se importar. Afirmou inclusive que as cobertas são para a cadelinha Samarina, que também atende por “Gente Pequena” e “Neném” e que não o abandona.

Mesmo gostando da liberdade e de viver ao relento, o que não se pode negar é que Luiza precisa de cuidados médicos. A redação do Patos Hoje entrou em contato com o secretário municipal de desenvolvimento social, Eurípedes Donizete. Ele falou que o caso está sendo acompanhado de perto.