Os manifestantes vêm recebendo o apoio da população com alimentação e bebidas.

Os caminhoneiros que estão paralisados em Patos de Minas disseram nesta segunda-feira (28) que o movimento vai continuar nos próximos dias. Eles disseram que as reivindicações não foram atendidas pelo Governo Federal. Os manifestantes vêm recebendo o apoio da população com alimentação e bebidas. Veículos de carga continuam sendo parados.

A líder do movimento no bloqueio montado próximo à Ponte sobre o Rio Paranaíba, Ana Luiza Ferraz, disse que não pode conceder entrevista nesta segunda, mas que o movimento vai continuar porque as reivindicações da classe não foram atendidas. Ela pediu o apoio da população.

Nós conversamos com os caminhoneiros e eles disseram que a maioria dos manifestantes é formada por caminhoneiros autônomos, sem vínculo com empresas. Éder de Castro, um dos caminhoneiros autônomos, reforçou que não houve acordo com a classe porque o governo não atendeu as reivindicações dos profissionais.

Eles entendem que reduzir R$0,46 no litro do diesel por 60 dias é algo provisório e que em dois meses o combustível pode voltar ao valor atual. Além deste bloqueio na ponte sobre o Rio Paranaíba, também continuam os bloqueios na BR365, perto do posto Patão, na MGC354 em Presidente Olegário, e na BR354 em Carmo do Paranaíba e São Gotardo.

No acampamento, a reportagem verificou que os caminhoneiros vêm se organizando com a alimentação e limpeza do local. Há banheiro químico instalado juntamente com duas tendas. Uma máquina agrícola e vários caminhões estão estacionados à margam da pista. Segundo os caminhoneiros, se houver sobras na alimentação, eles fazem doação da comida.

O produtor rural Joel Cassiano da Silva está apoiando os caminhoneiros. Ele disse que possui uma propriedade rural nas imediações do manifesto e foi para o local para ajudar no protesto. Ele agradeceu o apoio da população, mostrando um grande pedaço de carne doado pela população. Eles receberam vários marmitex para o almoço desta segunda.