A 5ª lista com estrangeiros autorizados a deixar a Faixa de
Gaza divulgada nesta terça-feira (7) não contemplou os brasileiros. A lista tem
o nome de 605 estrangeiros e é formada por uma maioria de alemães (159), seguidos
por nacionais da Romênia (104), da Ucrânia (102), do Canadá (80), da França
(61), da Moldávia (51), das Filipinas (46), e do Reino Unido (2).
A expectativa do Itamaraty é que os 34 brasileiros que
aguardam autorização para deixar a Faixa de Gaza sejam incluídos na lista nesta
quarta-feira (8), segundo o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro
Vieira. O chanceler brasileiro disse que o ministro das Relações Exteriores de
Israel, Eli Cohen, deu garantias a ele que os brasileiros deixariam a zona de
conflito até amanhã.
A fronteira de Rafah, que liga o Egito à Faixa de Gaza, é o
único local para entrada e saída de pessoas ou mercadorias no enclave
palestino. Estrangeiros e palestinos feridos estão sendo autorizados a deixar
Gaza desde a última quarta-feira (1º). Porém, a fronteira foi fechada no último
sábado (4) depois que Israel bombardeou um comboio de ambulâncias com feridos
que haviam sido autorizados a deixar o país. A fronteira só foi reaberta nessa
segunda-feira (6).
Segundo o Itamaraty, a lista com estrangeiros autorizados a
deixar a Faixa de Gaza é elaborada por autoridades egípcias e israelenses.
Os 34 brasileiros que aguardam autorização para deixar a
Faixa de gaza estão abrigados nas cidades de Khan Younes e Rafah, próximas à
fronteira com o Egito. Segundo o Itamaraty, o esquema de resgate prevê auxílio
desde a saída da Faixa de Gaza – com equipes e ônibus de prontidão,
medicamentos e alimentação – até o embarque no Aeroporto do Cairo, onde um
aeroporto da Força Aérea Brasileira (FAB) os aguarda.
Devido ao cerco imposto por Israel à Faixa de Gaza, os
brasileiros e as agências de ajuda humanitária têm relatado falta de água
potável, eletricidade, alimentos e remédios no enclave palestino. Segundo a
ONU, a ajuda humanitária autorizada a entrar é insuficiente para cobrir as
necessidades de cerca de 2,2 milhões de pessoas.
Fonte: Agência Brasil
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