Um bebê de apenas um ano de idade que passa parte do dia em uma escola de educação infantil particular de Patos de Minas voltou para casa com o corpo todo marcado por mordidas na última terça-feira (04). Os familiares ficaram revoltados com a situação e decidiram denunciar para a Conselho Tutelar e também para a polícia.

Segundo os familiares, a criança passou uma parte do dia no Centro de Educação Infantil Tia Niscinha e a outra parte no centro de educação infantil particular. Os pais não foram informados que a criança havia sido ferida e só descobriu as marcas de mordidas e arranhões quando chegaram em casa.

O bebê apresentava vários ferimentos em diferentes partes do corpo, principalmente nas pernas. Além de quase 10 marcas de mordidos, ele também tinha arranhões no rostinho. Incomodados com a situação, os familiares procuraram os dois locais em que a criança esteve para saber o que ocorreu. No Centro de Educação Infantil Tia Niscinha, os pais foram informados que a criança deixou a instituição sem nenhum ferimento. A mãe então procurou o centro de educação infantil particular, aonde a criança passou a segunda metade do dia.

Segundo a avó do bebê, no primeiro momento, a diretora disse que não sabia do ocorrido. Ela esclareceu que havia saído para passear com as crianças de maior idade e deixado os bebês com duas funcionárias. Só depois de ligar para as funcionárias é que diretora foi informada de que o bebê havia sido mordido por outra criança.

A quantidade de mordidas e arranhões e o comportamento da escolinha de ter informado à mãe causou indignação e a família decidiu denunciar o caso ao Conselho Tutelar por maus tratos. Os pais também registraram uma ocorrência policial e o bebê passou por exame de corpo de delito para que as agressões sejam investigadas.

Segundo a avó, o netinho ficou traumatizado com a situação. Ela pediu às autoridades do município que adotem medidas para dar mais proteção às crianças dentro creches e das escolas e sugeriu a obrigatoriedade de instalação de câmeras de vigilância, inclusive nas escolas particulares, para que os pais possam saber como os filhos estão sendo cuidados. Nesse caso, por exemplo, ficou a dúvida de quanto tempo essas crianças permaneceram sozinhas, sem cuidados e até mesmo se foi outra criança que mordeu o bebê. A Polícia Civil deverá investigar o caso.