O crescente número de batidas em postes de iluminação pública tem sido motivo de preocupação. A Companhia Energética de Minas Gerais – CEMIG – fez um levantamento dos números de acidentes no primeiro semestre e chegou a números surpreendentes. Foram mais de 2.350 batidas em postes nos primeiros seis meses do ano.
Em Patos de Minas, os postes de iluminação pública também são constantes alvos dos motoristas. No mês de junho, um acidente no prolongamento da avenida Fátima Porto chamou a atenção. O motorista do carro perdeu o controle da direção e arrancou dois postes de iluminação deixando boa parte da cidade sem energia. O condutor ficou inconsciente.
Em todo o Estado, a CEMIG registra uma média de 13 acidentes envolvendo postes de iluminação pública por dia. Somente no primeiro semestre de 2016, a Companhia registrou 2.354 ocorrências com batidas de veículos em postes. Os acidentes provocaram interrupção no fornecimento de energia prejudicando 790 mil pessoas e prejuízo de cerca de R$ 8,5 milhões.
Somente no Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba, aconteceram 552 colisões de veículos em postes, que prejudicaram mais de 87 mil consumidores da Cemig no primeiro semestre deste ano. Em ocorrências desse tipo, as equipes da Cemig vão ao local para avaliar os danos e eliminar os riscos para a população. Em muitos casos, os serviços são complexos e demandam várias horas de trabalho, uma vez que é preciso retirar o veículo, substituir ou reconstruir o poste e toda a rede elétrica.
Na maioria dos casos, o trabalho da Cemig depende também da ação de outros órgãos públicos, como a Polícia Militar, os órgãos de trânsitos da cidade e o Corpo de Bombeiros, por exemplo, uma vez que os acidentes podem ocasionar vítimas, incêndios e interdições de vias.
A troca de cada poste custa, em média, R$ 3.730. De acordo com Fernando César Bragança, engenheiro de Planejamento do Sistema Elétrico da Cemig, quem bate no poste é comunicado pela Cemig para arcar com os custos. “O motorista que colide o veículo com o poste tem prazo de até 60 dias para ressarcir o prejuízo causado à Cemig. Se ele não pagar dentro desse período, é responsabilizado judicialmente”, afirma.
Autor: Maurício Rocha
