Em sacolões de Patos de Minas, a batata já é vendida a quase R$10,00 o quilograma.

A greve que parou o país e provocou uma verdadeira saga dos motoristas aos postos de combustíveis vai afetar também a mesa dos patenses. Em sacolões de Patos de Minas, a batata já é vendida a quase R$10,00 o quilograma. Frutas que não são produzidas na região também desapareceram das prateleiras.

Em um sacolão da Avenida Brasil, Centro da cidade, a batata que era vendida por cerca de R$5,00 antes da greve, está sendo vendida por R$9,98. Silésia Araújo explicou que este foi o produto que mais foi afetado por enquanto. A situação cria um verdadeiro paradoxo, já que há 45 dias foram dispensadas toneladas de batatas às margens da BR354, por falta de preço.

Mas a greve não provocou o aumento somente no preço das batatas, cujo saco está sendo vendido de R$400,00 a R$500,00. Houve acréscimos também nos preços dos ovos, tomate e frutas que não são produzidas na região. O quilograma da maçã gala por exemplo está sendo vendido por R$9,98. A gerente explicou que há muita dificuldade em encontrar frutas que não são produzidas em outras localidades.

Em um hipermercado da cidade, o responsável pelo setor de verduras disse que preferiu não comprar batatas esta semana. “O preço é incompatível com poder de compra da população. A banca vai ficar vazia. Não podemos vender batata por R$11,00 ou R$12,00 o quilo. Nós também não estamos conseguindo comprar furtas como pêssego”, disse.

Os bloqueios nas rodovias já acabaram, mas a paralisação dos caminhoneiros continua.  Em alguns pontos, os motoristas já deixaram a concentração. De acordo com a Polícia Militar Rodoviária, os pontos da BR354 e MGC354 na região já foram liberados. Os caminhoneiros permanecem ainda na BR365 (Posto Patão) e em Patrocínio.