O esforço do “Professor Pão” para formar atletas em Patos de Minas deu bons frutos dentro de casa. O neto dele, o jovem Vitor Teixeira e Bastos, acaba de conquistar o título de campeão brasileiro de basquete Sub-16 pela Seleção Mineira. A competição nacional aconteceu entre os dias 26 de novembro e 2 de dezembro, em Nova Friburgo (RJ), reunindo 10 equipes de várias regiões do país.

A Seleção Mineira fez uma campanha sólida, mas com jogos que exigiram concentração máxima. Na fase de grupos, a equipe encontrou relativa tranquilidade, com exceção da partida contra Pernambuco, considerada uma das mais duras da chave. Ainda assim, o time mineiro se impôs e venceu bem.

A semifinal foi o momento mais dramático da trajetória até o título. Segundo Vitor, o jogo foi equilibrado até o último quarto. “Quase perdemos. Foi difícil demais, decidido nos detalhes”, relembra. Já na final contra o Rio de Janeiro, a história foi diferente. “Entramos muito ligados e sem subestimar o adversário. Fizemos uma partida excelente e conseguimos levar o troféu para casa”, comemora o atleta.

Vitor é atleta do Minas Tênis Clube. Ele começou a jogar basquete em 2022, ainda na escola. Com o incentivado do amigo Guilherme Lage, que já jogava pelo Minas, ele decidiu participar da tradicional peneira do clube de Belo Horizonte. Cerca de 300 garotos participaram da avaliação. Vitor foi aprovado em todas as etapas e garantiu sua vaga no time. Desde então, o jovem pivô vem construindo uma trajetória promissora no esporte.

Com apenas 16 anos, 2 metros de altura, talento natural e dedicação, Vitor se destaca como pivô e já chama atenção pela evolução rápida e postura competitiva. O título brasileiro Sub-16 é apenas o começo de uma trajetória que promete ir ainda mais longe.


Legado em família

Vitor é neto do professor Pão. Aposentado da educação física, Pão é considerado uma lenda em Patos de Minas. Boa parte dos moradores da cidade já teve a oportunidade de passar pelas aulas dele. O professor Pão sempre incentivou a prática esportiva na cidade — especialmente o basquete — e agora vê o neto brilhar nacionalmente na modalidade que ajudou a difundir no município.

“Ele sempre tentou me incentivar a jogar desde pequeno, mas acho que só fui ouvir depois”, brinca Vitor, reconhecendo a importância do avô na sua formação.

Ele destaca que nada seria possível sem o apoio da família. A mãe, sempre presente nos treinos e viagens, ganhou até apelido carinhoso: “mãetorista”. O pai também desempenha papel fundamental, oferecendo conselhos e incentivo constante. “Eles estão sempre ajudando nos momentos difíceis e comemorando nas conquistas o que me ajuda a cada dia e faz com que eu ame esse esporte”, concluiu.