A Comissão Parlamentar de Inquérito que investiga a atuação da Copasa em Patos de Minas ouviu na tarde desta segunda-feira (12) o advogado e empresário Arnaldo Queiroz de Melo Júnior. Ele é o procurador da Ação Popular que questiona na justiça o contrato da empresa com o município. Antes do início da audiência, Arnaldo concedeu entrevista ao Patos Hoje e reiterou que o contrato com a Companhia pode ser anulado. Ele elogiou o trabalho dos vereadores que pode jogar luz sobre todos os questionamentos feitos com relação à Copasa.

Durante seu depoimento, Arnaldo voltou a elencar para os vereadores diversas irregularidades no contrato, como falta de licitação. Ele disse que é possível romper o contrato com a Copasa e estabelecer um serviço autônomo de água e esgoto em Patos de Minas, o que traria diversos benefícios para a população, incluindo economias para os contribuintes e para o município. Ele citou o DMAE de Uberlândia, onde o serviço seria prestado por um valor muito menor ao que é cobrado pela Copasa.

O advogado também questionou a imposição de multa de R$350 milhões pela Copasa no caso de rompimento do acordo. Segundo ele, a Copasa é quem estaria em inadimplemento com o município, por isso o município não teria que pagar tal multa. E, de acordo com o depoente, mesmo tendo que pagar a multa, seria benéfico para Patos de Minas, uma vez que faltam 18 anos para o fim do contrato, o que causaria ainda mais prejuízo para o município.

Arnaldo também citou a Ação Popular que tramita na 4ª Vara Cível da Comarca de Patos de Minas. Para ele, houve um despacho do juiz nos últimos dias o que muito lhe animou. De acordo com o advogado, a expectativa agora é que a ação judicial seja o meio mais rápido para resolver a situação com a Copasa.