O Tribunal de Júri da Comarca de Patos de Minas foi reunido nesta terça-feira (20) para realizar o julgamento de Gustavo Henrique Silva e Welisson Rodrigues da Silva, denunciados pelo Ministério Público pelo assassinato de Vanderly Ferreira da Silva. A sessão já tinha sido iniciada, com os jurados a postos, defesa e acusação e depoimentos, inclusive dos réus, sendo que um deles confessou o crime. Mas um problema inesperado provocou o adiamento do julgamento.
Crimes contra a vida, como homicídios e tentativas de homicídio, são julgados por pessoas da comunidade. O corpo de jurados é composto por sete pessoas que, após ouvirem defesa e acusação, decidem se o réu em culpado ou inocente. Nesse caso, o familiar de uma das juradas teve um problema de saúde grave e ela poderia ter que se ausentar no meio do julgamento. Para evitar maior lá na frente, defesa e acusação decidiram em comum acordo pelo adiamento do Júri.
Uma nova data para o julgamento deverá ser marcada pelo juiz titular da Vara Criminal. Segundo o promotor de justiça, Lucas Romão, como os réus estão soltos, não há prazo para que uma nova data seja marcada. Para o Ministério Público, no entanto, embora apenas um dos réus tenha confessado participação no crime, não há dúvidas do envolvimento dos dois denunciados na morte de Vanderly.
Como foi o crime
O crime aconteceu na noite do dia 11 de abril de 2021, na porta da casa da vítima no bairro Jardim Esperança. Segundo a denúncia do Ministério Público, a vítima, Vanderly Ferreira da Silva, foi atraída por Gustavo Henrique Silva e surpreendida por Wellisson Rodrigues Silva que teria efetuado os disparos.
A investigação apurou que Vanderly havia comprado uma casa que estava invadida por alguns indivíduos, sendo que entre eles havia conhecidos de Wellisson. Dias depois, Wellisson procurou Vanderly e exigiu dele o pagamento de R$ 500,00 para que o negócio fosse mantido. A vítima efetuou o pagamento e imaginou ter ficado livre dos invasores e das ameaças, o que, segundo os autos não aconteceu.
No dia do crime, segundo o autos, Gustavo foi até a casa de Vanrdely e chamou pela vítima com o pretexto de contratá-lo para fazer uma mudança. A esposa de Vanderly atendeu a porta e informou que o marido estava dormindo e que não possuía mais caminhão, tendo somente uma carretinha. Gustavo disse então que retornaria no dia seguinte, mas voltou 15 minutos depois e chamou novamente pela vítima.
Desta vez, o próprio Vanderly atendeu a porta e voltou a informar para Gustavo que não tinha mais caminhão. De acordo com a denúncia, os dois ainda conversavam quando Wellisson surgiu e efetuou os disparos que tiraram a vida da Vanderly.
Gustavo confessou a participação no crime e disse que foi ele quem efetuou os disparos, uma vez que vinha sendo ameaçado. Wellisson nega qualquer envolvimento com o crime.
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