A vida do cantor e compositor Izaías Cadimo recebeu um sopro de luz, esperança e alegria nas últimas horas. Para ele, morar nas ruas de Patos de Minas já faz parte do passado. Na manhã desta quinta-feira (29), menos de dois dias após a reportagem do Patos Hoje, com o apoio de voluntários, a família veio buscá-lo. Ele havia sido internado na Clínica Valor de uma Alma com o apoio de José Donizete da Silva e Pastor Ricardo.

Na terça-feira (27), a pedido de Fábio Borges, o Patos Hoje contou a história Izaías. Nas imediações do Mcdonald’s, o artista explicou que era dependente químico e estava morando das ruas da cidade. Ele contou que, apesar das adversidades, continuava nutrindo o sonho de trabalhar com a música. À capela, comprovando seu talento, ele apresentou a música “Não é otimismo”. Para não deixar dúvidas, ele apresentou seus clipes gravados no youtube.

A matéria teve uma grande repercussão na cidade e voluntários de imediato passaram a trabalhar para ajudá-lo. José Donizete da Silva o encontrou e, no mesmo dia, o levou para a Clínica “Valor de uma Alma”, na região da Baixadinha, de onde ficou sendo cuidado até a manhã desta quinta-feira (29). A mãe Vanessa e o padrasto Milton, que moram na região de Belo Horizonte, vieram buscá-lo para ficar perto deles e continuar o tratamento.

Em um reencontro emocionante, Vanessa e Milton agradeceram o trabalho dos voluntários e parabenizaram pela atitude de recuperar vidas. “A gente sabe que o sofrimento não é só do dependente químico, mas também de toda a família”, destacou o Pastor Ricardo, responsável pela clínica que cuida de dependentes, sem custos, apenas com a ajuda voluntária da sociedade.

Já com a barba feita e bem arrumado, Izaías agradeceu a todos que contribuíram para ele estar deixando as ruas da Capital do Milho. Funcionários de uma empresa de tecidos arrecadaram R$700,00 para ajudar na passagem de ônibus da família. “Ele ia lá toda manhã tomar café e ficou querido pelos funcionários da loja que sempre o acolheu com amor e tiveram essa iniciativa de ajudá-lo depois da repercussão do jornal”, concluiu João Donizete.