Servidor investigado por ociosidade diz que sofre retaliações após depor no MP

O servidor disse que vem sofrendo retaliações desde o dia em que foi convocado pelo MP.


José Francisco Filho, servidor público municipal.

O operador de máquinas, José Francisco Filho, que se tornou alvo de uma polêmica ao ser investigado por ociosidade a mando do prefeito Pedro Lucas, decidiu falar. O servidor disse que vem sofrendo retaliações desde o dia em que foi convocado pelo Ministério Público para prestar depoimento no caso de uso de máquinas e servidores da prefeitura em propriedades particulares.

José Francisco, conhecido como Perninha, é servidor concursado há 27 anos. Ele disse que nunca faltou um dia sequer de trabalho na Prefeitura e nem descumpriu uma ordem de superior. Com a mesma simplicidade que conquistou os colegas de trabalho durante todo esse tempo na Secretaria de Infraestrutura, Perninha, disse que foi convocado pelo Ministério Público e que só falou a verdade.

No depoimento, José Francisco disse que, além das melhorias feitas na fazenda do irmão do ex-senador Arlindo Porto, as equipes da prefeitura também trabalharam na fazenda do irmão do diretor de estradas Severo Queiroz e também na fazenda do próprio diretor de estradas, construindo bolsões. O caso se transformou em uma ação civil pública que já está tramitando na Justiça.

Desde o depoimento prestado ao Ministério público, no entanto, Perninha disse que vem sofrendo retaliações na Prefeitura. Operador de máquinas e motorista profissional, ele disse que foi deixado de lado, enquanto outros servidores contratados, com pouca ou nenhuma experiência na função eram escalados para trabalhar.

Há alguns dias, Perninha foi escalado para trabalhar novamente. Ele faz as duas funções,opera a máquina e também o caminhão e diz que ficou surpreso e ao mesmo tempo assustado ao receber a notícia de que estava sendo investigado por ociosidade. “Eu fiquei preocupado, porque em nem sei que palavra é essa”.  O servidor informou, no entanto, que não vai fugir de suas obrigações e nem tão pouco de suas responsabilidades. “Sempre que precisar falar a verdade, eu vou falar a verdade”, concluiu.

O caso ganhou repercussão também na Câmara Municipal. O vereador Francisco Frechiani destacou a competência do servidor e foi além. Ele disse que o rendimento do servidor no trabalho depende da atuação do chefe dele. O presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais, Paulo Augusto Correa, também informou que vai dar apoio ao servidor.

Autor: Maurício Rocha

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