Promotor de Justiça de Patos de Minas é condecorado com a Medalha Jason Albergaria

A honraria também foi concedida a Marco Antônio Lage, diretor de comunicação empresarial e de sustentabilidade da Cemig e Murilo Andrade de Oliveira, secretário de estado de Administração Penitenciária do Maranhão.

O promotor Paulo Henrique Delicole discurssou em nome dos condecorados com a Medalha Jason Albergaria.

O promotor de Justiça da comarca de Patos de Minas, Paulo Henrique Delicole foi um dos escolhidos para receber a Medalha Jason Albergaria. A homenagem foi feita na segunda-feira (09) em Belo Horizonte, durante inauguração da APAC Feminina na capital mineira.  A honraria também foi concedida a Marco Antônio Lage, diretor de comunicação empresarial e de sustentabilidade da Cemig e Murilo Andrade de Oliveira, secretário de estado de Administração Penitenciária do Maranhão.

O promotor Paulo Henrique Delicole, que falou em nome dos demais condecorados, compartilhou sua história de vida, que incluía o nascimento em um prostíbulo, como "acidente de trabalho", no Sul do Brasil, e a adoção por um casal de mineiros que residia lá. A volta ao estado de origem dos seus pais afetivos, segundo ele, assinalava o cumprimento da missão de devolver a Minas, como testemunho de gratidão, o amor recebido da família.

O promotor declarou que seu primeiro contato com a Apac suscitou desconfiança, mas que foi convencido da eficácia da metodologia com o passar do tempo. Para isso contribuiu o convívio com magistrados que acreditavam na proposta, como os juízes Marcos José Vedovotto, atualmente em Uberlândia, e Melchíades Fortes da Silva Filho, com quem o promotor atua diariamente, na Comarca de Patos de Minas.

"Foi um dos lugares onde eu mais me aproximei de Deus, por paradoxal que pareça. Como promotor da execução penal e da infância e da juventude, sempre me pergunto qual a origem do criminoso. Tenho uma resposta: é o fruto amargo da infância perdida, da família destruída, da sociedade indiferente e do estado desestruturado. Falhou a família, a escola, o Estado, a igreja, cada um de nós. O trabalho das Apacs é administrar esse prejuízo", afirmou.

A causa apaquiana, segundo o orador, nem sempre é bem compreendida, mas é preciso conhecê-la bem para lhe dar o devido valor e entender seu real significado. "Tenho aprendido muito com os adolescentes infratores, com os condenados que, ao passar pela Apac, se tornam recuperandos. É maravilhoso ver aquele indivíduo chegar lá desfigurado e sair transfigurado", argumentou.

Graças também a atuação do promotor de Justiça Paulo Henrique Delicole a APAC de Patos de Minas tem se tornado modelo. A Associação abriga cerca de 60 recuperandos que trabalham e estudam enquanto cumprem suas pena. Eles têm contribuindo com reforma de prédios públicos e recuperação de praças e vias públicas na cidade através de convênio com a Prefeitura. Além disso, manter um condenado na APAC custa três vezes menos do que no sistema convencional.

Por dar suporte a estas ações, o promotor Paulo Henrique Delicole foi um dos três indicados pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais para receber a Medalha Jason Albergaria. Esta honraria é concedida a cada dois anos a pessoas que tenham se destacado nas áreas de abrangência do programa Novos Rumos.

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