Profissionais de hospitais particulares entram em greve por melhores salários
A decisão afeta todos os hospitais particulares da cidade.
Os profissionais de hospitais particulares de Patos de Minas rejeitaram a proposta feita pela classe patronal e anunciaram greve. Nesta sexta-feira (15), os profissionais foram trabalhar com tarjas pretas nos uniformes. A intenção é reabrir as negociações antes de haver a paralisação das atividades. A decisão afeta todos os hospitais particulares da cidade.
De acordo com o Presidente dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde de Patos de Minas, Jesus Ângelo Andrade, a rejeição à proposta oferecida pelos representantes da classe patronal foi feita por aclamação pelos profissionais que compareceram à assembleia na noite dessa quinta-feira (14).
Os hospitais ofereceram aumento de 8% no piso salarial, mais um acréscimo de R$20,00 no cartão alimentação e outro reajuste de R$20,00 na gratificação. Ele justificou a rejeição informando o valor dos salários dos profissionais. Os auxiliares de serviço ganham R$771,00 e passariam a ganhar R$832,68.
Os auxiliares de enfermagem, praticamente inexistentes atualmente, passariam de R$792,00 para R$855,36. Segundo Jesus, para os técnicos em enfermagem, maioria dos profissionais representados pelo sindicato, o salário base passaria de R$846,00 para R$913,00. Ele informou que os valores estão muito abaixo do esperado e espera uma nova proposta.
Jesus informou que primeiro será feita apenas manifestações com tarjas pretas no uniforme e instalação de piquetes. Caso não haja outra negociação, os profissionais já decidiram que vão paralisar. Nesse caso, eles vão fazer um planejamento para manter as atividades de acordo com as leis.
Os trabalhadores estão pedindo um aumento de 12% no salário, mais um acréscimo de R$100,00 no cartão alimentação e mais R$100,00 na gratificação. Ele contou que atualmente há cerca de 1200 profissionais trabalhando nos hospitais particulares da cidade. Caso seja necessária a paralisação, será elaborada uma escala mínima para atender os serviços de urgência e emergência.
Autor: Farley Rocha