PC mostra trabalho científico na apresentação dos acusados de latrocínio
O desvendamento do crime aconteceu após um trabalho científico aliado a uma investigação minuciosa.
O trabalho de investigação identificou que o crime aconteceu no dia 16 de outubro de 2012. No dia seguinte, uma criança foi até a casa, viu a vítima morta sobre o sofá e acionou a Polícia Militar. Além de matarem Onorivaldo que apresentava ferimentos na face e estava sem um dos dentes da frente, eles roubaram do interior do cofre um revólver calibre 38 e mais R$37 mil.
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De acordo com o Delegado Luís Mauro Sampaio, após o crime, os autores teriam desmontado totalmente e meticulosamente a cena do crime para que tudo parecesse uma morte natural. “A vítima foi colocada no sofá com o braço para baixo e seu chinelo encostado no sofá, como se a morte tivesse sido por causas naturais”, afirmou o delegado.
Os peritos da Polícia Civil tiveram um papel fundamental para desvendar o latrocínio. De acordo com os peritos Marcelo Piau e Reginaldo Cadete, os autores tomaram o maior cuidado com as digitais, mas não pensaram em tudo. A naftalina usada pelo senhor Onorivaldo para evitar que insetos destruíssem o dinheiro foi crucial.
Os peritos descobriram que os acusados usaram parte do dinheiro roubado para pagar o ônibus de volta a Patos de Minas para depois seguirem para Goiás. Isso foi descoberto porque a tesoureira da empresa de ônibus exerceu outro importante papel. Ela estranhou os dois homens que não pertencem a comunidade e acabou guardando o dinheiro que depois foi entregue para o delegado.
Após uma perícia, os policiais descobriram que as cédulas estavam contaminadas com naftalina. A partir daí, as investigações prosseguiram e os policiais conseguiram chegar até Ítalo e o menor. O pai de um deles que conhecia a vítima também pode estar envolvido. Conhecido da vítima, ele teria repassado as informações sobre o dinheiro de Onorivaldo.
O delegado Luís Mauro Sampaio destacou um fato curioso que também contribuiu para a certeza da autoria. Ele contou que Ítalo, quando chegou na delegacia, tentou abrir a porta com o cotovelo com receio de deixar alguma digital. Os dois acusados acabaram confessando o crime. O jovem seguirá para o Presídio Sebastião Satiro e o garoto para o centro de internação de menores.
O Delegado Regional Elber Barra Cordeiro ressaltou o trabalho realizado pelos policiais. “O conjunto de provas técnicas aliado às confissões acaba por não deixar dúvida na participação deles no latrocínio”, afirmou o delegado. A prisão foi destacada pelo policial que falou sobre a importância desse trabalho para toda a sociedade.
O Chefe do 10º Departamento da Polícia Civil, Márcio Siqueira, parabenizou os policiais e salientou que esta resposta eficiente aos crimes mais graves acaba por diminuir a criminalidade na região. “Onde estiverem, nós vamos buscar,” concluiu.
Autor: Farley Rocha