Órgãos de Saúde adotam estratégias para combater a dengue nas casas das pessoas

Novas ações de combate à dengue foram anunciadas pela Secretaria de Estado de Saúde (SES), nesta terça-feira (13).

Novas ações de combate à dengue foram anunciadas pela Secretaria de Estado de Saúde (SES), nesta terça-feira (13). Dentre as medidas divulgadas, estão a elaboração de um plano de contingência de assistência, visando garantir atendimento eficaz à população e um diagnóstico rápido da doença. Outra importante ação a ser executada é a mobilização da sociedade civil, que será feita, principalmente, por meio dos veículos de comunicação e ainda pela convocação de parceiros, como Corpo de Bombeiros, Detran, Exército, Copasa, entre outros.

Os nossos levantamentos demonstram que 85% dos focos de dengue estão na casa das pessoas. Isso mostra que o combate à doença não depende apenas dos órgãos governamentais. É claro que o governo tem que fazer a parte dele e já está fazendo, mas a sociedade civil precisa se envolver efetivamente. Nesse sentido, o papel da imprensa é também fundamental, destacou o secretário de Estado de Saúde, Marcus Pestana.

O resultado do Levantamento de Infestação Rápido (LIRA) é uma das razões para que Minas reforce a necessidade de combater a doença. Outro motivo são as chuvas torrenciais ocorridas recentemente em todo o Estado, que geraram novos depósitos da larva do mosquito, fazendo com que todo o trabalho preventivo seja realizado novamente. A curva endêmica dos últimos anos mostra que, nos meses de março e abril, geralmente ocorre o maior número de notificações. Em 2008, por exemplo, houve cerca de 78 mil casos, sendo que 45 mil foram notificados nesses dois meses.

Isso significa que, após o período chuvoso de dezembro, as altas temperaturas de janeiro e fevereiro criam um clima propício para a proliferação da larva. É por esse motivo que a guerra contra a dengue tem que ser agora; é neste momento que precisamos combater os focos de larva para evitarmos a doença, afirmou o secretário.

Mais um motivo de preocupação é o período de transição administrativa. Com a mudança dos prefeitos, acontece também uma reformulação do quadro de funcionários, incluindo aqueles que atuam no combate à dengue. Isso exige contratações e ainda novos treinamentos daqueles que vão assumir.

Nos próximos dias, faremos um contato com a Associação Mineira de Municípios e, por meio dela, vamos reunir os gestores municipais de todo o Estado para relembrar a importância de intensificar as ações. Não podemos permitir que haja descuido por parte do poder público, ressaltou Pestana.

Foco no treinamento

A qualificação dos profissionais de saúde é uma das principais atividades a serem realizadas. Também serão distribuídas 15 mil cartilhas com informações sobre protocolos clínicos para enfermeiros, em parceria com o Conselho Regional de Enfermagem (Coren). Haverá, ainda, capacitações por meio de videoconferência para técnicos das Gerências Regionais de Saúde (GRS) e via Canal Minas Saúde. Já no dia 21 de janeiro, está programado o primeiro treinamento para abordar leptospirose e dengue, em virtude do período chuvoso. Além disso, estão previstas ações de mobilização social por meio do Canal Minas Saúde.

Dengue em Minas

No ano passado, houve 78.159 casos de dengue notificados no Estado. Deste número, 43 foram confirmados como sendo de dengue hemorrágica, causando 4 óbitos. Outros 170 casos de doença tiveram complicações e resultaram em 3 mortes. Os cinco municípios com maior incidência de casos notificados foram, respectivamente, Belo Horizonte, Contagem, Ponte Nova, Sete Lagoas, Montes Claros e Ipatinga.

Para combater a dengue, o Ministério da Saúde liberou R$ 128 milhões para auxiliar estados e municípios nas ações. Deste valor, R$ 15 milhões vieram para Minas, sendo que 80%, R$ 12 milhões investidos nos 85 municípios considerados prioritários (Belo Horizonte, Betim, Contagem, Governador Valadares, Ipatinga, Teófilo Otoni, Uberaba, Uberlândia, dentre outros), que foram responsáveis por cerca de 80% dos casos notificados no Estado. Já o Estado investiu R$ 6 milhões, sendo R$ 3 milhões para a campanha publicitária e R$ 3 milhões destinados aos testes da armadilha do mosquito, o Mosquitrap.

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