Obras do Centro de Internação atrasam e menores permanecem impunes
O problema dos menores infratores parece não ter fim em Patos de Minas.
O problema dos menores infratores parece não ter fim em Patos de Minas. A cidade não tem onde abrigar os adolescentes e até mesmo aqueles que cometem atos infracionais graves continuam livres de qualquer punição. Medidas alternativas até foram encontradas, como o encaminhamento para o Presídio Sebastião Satiro, mas uma decisão do Tribunal de Justiça de Minas Gerais proibiu esta prática.
Em apenas uma semana, a Polícia Militar aprendeu 12 menores infratores em Patos de Minas. Um número abaixo do normal e mesmo assim nenhum deles permaneceu recolhido. Como Patos de Minas não tem um lugar adequado para abrigar os adolescentes infratores, eles estão sendo ouvidos e liberados.
O caso da adolescente de Lagoa Formosa, envolvida em casos de homicídio e tráfico de drogas e que está ameaçada de morte, chamou a atenção. A garota teve que ser levada para um abrigo pouco convencional para esses tipos de casos por falta de um lugar adequado. Como ela está sob ameaça, este local não foi divulgado.
É por isso que a reincidência entre os menores infratores aumenta em Patos de Minas. É comum ver adolescentes com mais de 10 passagens pela Polícia. As ocorrências de furto são as mais comuns, mas alguns deles estão envolvidos em outros crimes graves, como o tráfico de drogas por exemplo.
E a tendência é que o problema continue por mais algum tempo. O Centro de Internação Provisória de Menores Infratores que está sendo construído na região do Canavial só será concluído no mês de março, segundo os responsáveis pela obra. A construção, que deveria ter sido entregue no mês de novembro, agora que entrou na fase de conclusão.
O Centro de Internação Provisória terá quatro celas de 12 metros cada uma, com capacidade para abrigar 16 adolescentes infratores. O prédio também vai abrigar uma Delegacia Especializada para atender as ocorrências que envolvam menores. A obra está orçada em R$ 398.525,83.
E ainda tem outro problema. Até hoje não está definido quem será o responsável por manter o Centro de Internação Funcionando. Pelo que tudo indica esta história ainda vai longe.
Autor: Maurício Rocha