Na fila de espera há três anos, mãe pede vaga para filha em CMEI de Patos de Minas
Segundo a mulher, ela foi informada pela SEMED que é necessário que a família da criança receba o benefício do bolsa família, para ter acesso ao CMEI.
Uma mãe, moradora do bairro Afonso Queiroz, diz que há três anos não consegue vaga no Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) Tia Nicinha para sua filha que está próxima de completar quatro anos. Segundo a mulher, ela foi informada pela SEMED que é necessário que a família da criança receba o benefício do bolsa família, para ter acesso ao CMEI.
A mulher, que preferiu não se identificar, falou para nossa reportagem que há cerca de três anos tenta uma vaga em uma creche, no caso dela seria o CMEI Tia Nicinha, no bairro Jardim Panorâmico. Segundo a mãe, sempre que ela procura a creche para saber da situação de sua filha, recebe a resposta de que está na lista de espera. Buscando uma solução, a mulher entrou em contato com a Secretaria Municipal de Educação: “A gente ligou lá e eles falaram que não tem o que fazer, que para ela ter essa vaga, ela precisa ter cadastro no CRAS e ser beneficiária do Bolsa Família”.
A mulher ainda foi diagnosticada com Déficit de Memória: “Tem três anos e meio que eu sofri um AVC. Eu dependo de pessoas para ficar comigo e com ela também, eu tenho perda de memória recente...” A mãe pede que a filha tenha o acesso a um CMEI próximo de sua casa.
Nossa reportagem entrou em contato com a Secretaria Municipal de Educação e fomos informados que, “Em 2024 o controle das vagas e o chamamento das listas de espera acontecem sob a responsabilidade da equipe técnica da SEMED que além de seguir os critérios de chamamentos com rigor registra todas as justificativas das ocupações de vagas remanescentes. Até o momento foram chamadas cinco crianças da lista de espera para o maternal III do CMEI TIA NICINHA. Vale ressaltar que crianças com deficiência, transtorno de espectro autista e altas habilidades/superdotação têm direito à matrícula compulsória. A família da criança mencionada contactou, por algumas vezes, no setor responsável pelo cadastro escolar infantil, porém até momento não apresentou documentos que comprovem situação de vulnerabilidade, visto que essa é a exigência estabelecida nas normativas para matrícula compulsória. ”