Morte de bebê antes do parto no Hospital Regional gera revolta em família patense

A gestante reclama que o atendimento só foi feito depois das 7h30.


Os familiares ficaram indignados.

Os familiares de uma gestante de 20 anos registraram uma ocorrência policial e acionaram o Ministério Público para denunciar a morte de um bebê durante a madrugada no Hospital Regional Antônio Dias. A família alega que houve descaso por parte dos profissionais de saúde e que a morte do bebê ocorreu por causa da demora no atendimento.

Mariele Teixeira Santos, de 20 anos, começou a sentir dores durante a madrugada. A irmã, Leidiene, afirma que a bolsa estourou por volta de 4h30. A gestante foi conduzida para o Hospital Regional por uma unidade do SAMU e deu entrada no pronto socorro por volta das 5h. Ela reclama que o atendimento só foi feito depois das 7h30.

O médico que fez o atendimento não teria identificado os batimentos cardíacos do bebê e pediu um ultrassom que comprovou que a criança já estava morta. A mãe teria esperado mais 3h para a realização da cirurgia para a retirada do bebê. A demora deixou os parentes e amigos de Mariele revoltados.

Era o segundo filho de Mariele Teixeira Santos e Maicon de Souza Fonseca. O casal estava entusiasmado com a chegada do menino que iria se chamar Otávio. Segundo a irmã Leidiene, Mariele fez todos os procedimentos, teve total acompanhamento pré-natal e não apresentou nenhum problema durante a gestação.

“Mariele disse que o bebê se mexeu durante todo o dia”, afirmou Leidiene. O casal já estava com todo o enxoval preparado para receber a criança. A notícia da morte foi recebida com revolta. O caso foi registrado na polícia e deverá ser encaminhado ao Ministério Público.

A assessoria de imprensa da FHEMIG, órgão responsável pelo Hospital Regional, informou que Mariele recebeu todo o atendimento necessário para o nascimento da criança. De acordo com a Fundação, a gestante chegou ao hospital e recebeu o primeiro atendimento às 5h24, onde ficou constatado que o bebê já não apresentava os batimentos cardíacos.

A Assessoria da FHEMIG informou ainda que outros exames foram realizados, confirmando que o bebê já estava morto. Com a comprovação da morte, os médicos realizaram a cirurgia para a retirada da criança, o que ocorreu por volta de 10h30. A morte do bebê, segundo a assessoria, pode ter sido provocada por insuficiência placentária.

Autor: Maurício Rocha

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