Moradores passam 5 anos tentando ligar a água e têm que continuar com o balde

Eles querem que a Prefeitura autorize as ligações de água, mas a Administração Municipal afirma que o loteamento está irregular.


São cerca de 40 famílias instaladas no Residencial Barreiro. Os moradores afirmam que o loteamento já tem cerca de 11 anos.
Eles compraram e pagaram os lotes, construíram suas casas com dificuldades para saírem do aluguel e continuam passando dificuldades. Em um dos períodos mais secos e quentes do ano, os moradores do Residencial Barreiro em Patos de Minas têm que usar baldes para amenizar os efeitos da seca. Eles querem que a Prefeitura autorize as ligações de água na rede da Copasa, mas a Administração Municipal afirma que o loteamento está irregular.

A dona Marilene de Fátima Fonseca diz que está vivendo pior que no sertão nordestino. A dona de casa afirma que tem dificuldades para tomar banho, para cozinhar, para lavar roupas e até para beber água. “As pessoas mais jovens tomam banho no córrego, mas para gente fica mais difícil”desabafa. Tem que fazer tudo usando o copinho segundo ela.

Para quem tem crianças a situação é ainda mais difícil. A dona Linea dos Reis Borges Teodoro afirma que as doenças são inevitáveis. Os moradores do Residencial Barreira estão usando água de uma cisterna que existe no local e a água não é das melhores. Uma vez por semana o caminhão da Prefeitura passa para abastecer as caixas, o que também não é suficiente.

São cerca de 40 famílias instaladas no Residencial Barreiro. Os moradores afirmam que o loteamento já tem cerca de 11 anos. Cansados da espera, eles confessam que muitos construíram os imóveis antes da liberação, mas depois de tanto tempo querem uma solução para o problema. O local é asfaltado, tem energia elétrica e falta apenas a ligação da água na rede que também já está pronta.

Cansada de tanto sofrimento, a dona Valdete Gomes fez um apelo emocionado pela liberação da água. Mas o problema dos moradores do Residencial Barreiro parece ainda ir longe. Marcos André Alamy, secretário municipal de planejamento, diz que o loteamento está irregular e que existe uma lei proibindo as ligações de água nesses casos.

De acordo com o secretário, a empresa que construiu o loteamento não cumpriu todas as normas estabelecidas pela legislação municipal. Ele disse que existem partes do bairro que ainda estão sem iluminação ou sem pavimentação. Marcos André informou que enquanto estas obras não forem concluídas o loteamento não poderá ser liberado.

E o problema tende a piorar ainda mais. O número de famílias morando no local cresce a cada dia. Os proprietários dos lotes não param de construir, mesmo sabendo que podem ficar sem água. Os moradores foram orientados a procurar o Ministério Público para tentar uma solução para o problema.

Autor: Maurício Rocha

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