Hospitais cobram dívida de cerca de R$ 1 mi e ameaçam parar atendimento pelo SUS

A Prefeitura afirma que o pagamento depende de autorização do Estado, já que a maioria dos pacientes é de outros municípios.


Equipe médica durante cirurgia cadíaca. (Foto: Arquivo Patos Hoje )
Os dois hospitais particulares que têm convênio com a Secretaria Municipal de Saúde de Patos de Minas ameaçam interromper o atendimento pelo SUS a partir da próxima segunda-feira ((15). Os diretores do Hospital São Lucas e do Hospital Vera Cruz alegam que estão aguardando pagamento de uma dívida de aproximadamente R$ 1 milhão que vem se acumulando desde dezembro do ano passado. A Prefeitura afirma que o pagamento depende de autorização do Estado, já que a maioria dos pacientes atendidos é de outros municípios.

A dívida de aproximadamente R$ 1 milhão é referente a atendimentos realizados pelos Hospitais São Lucas e Vera Cruz, além do limite estabelecido nos convênios com a Secretaria Municipal de Saúde. São procedimentos, muitas vezes, de emergência que a direção dos dois hospitais alega não ter como recusar. O débito vem se acumulando desde dezembro do ano passado.

Os diretores dos hospitais disseram que já tentaram negociar com a Administração Municipal, mas que continuam sem receber. Sérgio Piau, diretor do Hospital São Lucas, disse que os recursos já foram disponibilizados pelo SUS e que o pagamento está dependendo apenas da liberação da Prefeitura de Patos de Minas.

Por outro lado, o prefeito Pedro Lucas sustenta que o pagamento depende de autorização do Estado. Segundo ele, a maioria dos pacientes atendidos além da cota é de outros municípios. Desta forma, a Secretaria de Estado da Saúde deveria autorizar o pagamento e cobrar dos municípios de origem dos pacientes atendidos, para que o município polo não fique sobrecarregado.

Pedro Lucas afirmou ainda que o último repasse de recursos do Estado para o pagamento dos tratamentos feitos além do teto ocorreu no ano passado. O chefe do executivo informou que para fazer o pagamento, a administração municipal depende de autorização do Conselho Municipal de Saúde e da Câmara Municipal.

Diante do impasse, os diretores dos dois hospitais ameaçam interromper o atendimento aos pacientes do SUS. O diretor do Hospital São Lucas disse que vai deixar de receber os pacientes encaminhados pelo município a partir de segunda-feira (15). Esta unidade hospitalar recebe uma média de 10 pacientes da UPA por dia.

O prefeito Pedro Lucas disse que vai garantir o atendimento aos pacientes, mesmo que para isso tenha que recorrer à Justiça.

Autor: Maurício Rocha

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