Família doa órgãos, inclusive coração, mas aeroporto em obras impede captação
Os profissionais tentaram de todo o modo encontrar um aeroporto para estacionar a aeronave que buscaria os órgãos.
De acordo com o técnico em enfermagem, Wendel Carlos Souza, da Comissão de Transplantes do Hospital Regional, a família de um homem de 49 anos, que teve morte encefálica decretada na noite de segunda-feira (16) por disparo de arma de fogo, resolveu doar todos os órgãos do paciente, mas o que poderia ter sido a primeira captação de um coração na cidade acabou em frustração.
Os profissionais tentaram de todo o modo encontrar um aeroporto para estacionar a aeronave que buscaria os órgãos em Patos de Minas, mas acabou não sendo possível. Segundo Wendel, não bastasse o Aeroporto Municipal de Patos de Minas estar em obras, o aeroporto de Patrocínio também estava fechado. Ele contou que até o prefeito Pedro Lucas tentou resolver a situação, mas nada pôde ser feito.
Wendel contou que apenas os rins puderam ser captados para doação. O coração, o pâncreas e o fígado se perderam. O profissional destacou a solidariedade do povo patense informando as várias pessoas que já receberam órgãos de doadores na cidade. “Do início do ano até agora, foram 7 doações múltiplas de órgãos. De córneas, foram 14 somente de julho até agora,” informou.
O técnico também informou que a fila de espera por algum órgão no país é muito extensa. Ele ressaltou a importância das doações e reiterou o pedido para que as pessoas continuem se sensibilizando. “O momento é difícil para os familiares, mas os órgãos podem ajudar outros pacientes que passam por procedimentos difíceis como a hemodiálise”, exemplificou.
Autor: Farley Rocha