Falta de atendimento na Upa Porte III vira caso de polícia em Patos de Minas
Após horas de espera, um paciente só foi atendido quando acionou a imprensa.
Revoltados com a falta de atendimento para os filhos, os pacientes acionaram a imprensa e a Polícia Militar. Em entrevista, o pedreiro Alissom César Alves levou o filho de 4 anos com gripe, febre de 38 graus e vomitando para ser atendido na noite dessa quinta-feira (07). Sem ter o problema resolvido, ele voltou nesta sexta-feira (08) às 7h30 e teve que esperar. Por volta das 10h30, o pedreiro não suportou e reclamou.
Alissom questionou o atendimento e foi informado que o pediatra só chegaria mais tarde. Revoltado, ele fez um protesto e confessou que chegou a proferir grosserias contra os funcionários. Outros pacientes que também esperavam atendimento o apoiaram. O pedreiro resolveu acionar a imprensa e também a Polícia Militar para resolver a situação. Pouco depois, ele conseguiu atendimento para o filho.
Alissom ficou indignado com a situação e espera que o problema seja resolvido. Ele ressaltou que mora no Coração Eucarístico e depois que foi interrompido o atendimento para crianças na Upa da Avenida Marabá a situação piorou muito. O pedreiro reclamou ainda da falta de transporte para a Upa do Jardim Peluzzo.
Rogério Sieira foi outro pai que reclamou do atendimento. Ele disse que chegou à UPA Porte III por volta das 7h00 e só foi atendido depois das 10h30.Rogério afirmou que o atendimento na unidade está bem precário.
A cabeleireira Simone Caixeta de Deus Sieira contou que só foi até a unidade porque a filha precisava de atendimento e espera que os impostos sejam aplicados na área da saúde para resolver o problema. A cabeleireira também falou do problema de ter que ir até o Mini Hospital para fazer um raio x e depois retornar para mostrar o resultado.
A auxiliar de serviços gerais, Edna Pereira Cardoso, que está com o filho internado na Upa Porte III por estar com pneumonia e vômito, reclamou de problemas básicos que estão ocorrendo em uma das maiores estruturas hospitalares de toda a região. Ela disse que o banheiro estava há alguns dias sem limpeza e faltava higienização do ambiente. Além disso, Edna reclamou que não havia gás para se fazer um café da manhã para os pacientes.
Edna também disse que algumas crianças estão em macas porque a unidade não está com leitos o bastante para atender os pacientes. O Cabo Fernando Dias da Polícia Militar registrou a ocorrência e disse que os interessados podem pegar o documento na UAI da Rua José de Santana para as demais providências. Tentamos falar com a direção da UPA do Jardim Peluzzo, mas fomos informados que apenas o secretário de saúde poderia falar sobre o assunto.
Entramos em contato com a Asssessoria de Comunicação da Prefeitura Municipal de Patos de Minas e estamos aguardando uma resposta.
Autor: Farley Rocha