Com indignação, familiares de vítimas de homicídio fazem manifestação na delegacia

A indignação é porque os acusados de terem matado os jovens se apresentaram na delegacia e estão livres.


Os familiares de Fernando Henrique Gaya e Guilherme Cristhian Silva levaram cartazes e faixas para a porta da Delegacia.
Os familiares de Fernando Henrique Gaya e Guilherme Cristhian Silva levaram cartazes e faixas para a porta da Delegacia Regional na tarde desta segunda-feira (02) e pediram justiça. A indignação é porque os acusados de terem matado os jovens se apresentaram na delegacia e estão livres. Os manifestantes querem que seja pedida a prisão preventiva dos acusados.

O professor Ruben Reis Pires, pai de Guilherme, falou do seu sofrimento e indignação com a liberação do acusado de matar o filho. Renato Fagundes da Silva que teria disparado contra a vítima por causa de um desentendimento no trânsito se apresentou na delegacia na semana passada e foi liberado. Renato teria confessado o crime.

Indignado com a situação, Rubens contou que o acusado saiu rindo da delegacia. Ele relatou também que algumas testemunhas foram ameaçadas pelo autor. Com cartazes pedindo justiça, ele clamou a prisão preventiva do acusado. Luma Ferreira, mãe do filho de Guilherme que tem apenas 1 ano e 7 meses, também foi à manifestação e implorou a prisão do acusado.

Clamando por paz, a mãe de Fernando Gaya, Marilda Gaya, foi outra a ir até a delegacia compartilhar sua indignação. Ela que mora ao lado da família de Guilherme pediu um basta na violência. Marilda contou que uma bala perdida tirou a vida do filho que estava em uma festa na avenida JK. Ela falou que a justiça não vai trazer a vida do filho, mas pode evitar mais violência.

Depois da manifestação, o Delegado Regional, Elber Barra Cordeiro, recebeu os familiares de Guilherme em seu gabinete. O delegado ouviu os pedidos e explicou que a liberação dos acusados aconteceu porque é o que determina lei. “Existem alguns requisitos legais que devem ser preenchidos para que seja pedida a prisão preventiva”, explicou.

No entanto, ele disse que, diante das alegações que as testemunhas estão sendo coagidas pelo autor e do clamor social, vai orientar o delegado de homicídios a pedir para a justiça a prisão preventiva de Renato. Quanto ao acusado de matar Fernando, o delegado disse que terá que analisar o inquérito.

Autor: Maurício Rocha

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